quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Boas Festas e um Feliz Ano Novo

Como dizia o "outro", só há 3 tipos de homens no mundo:

Os mortos, os vivos e os que navegam, uns mais outros menos, mas que naveguem, em barcos grandes ou pequenos, mas que naveguem, e não chateiem, que os tempos não estão para isso.

Que todos nós consigamos sempre levar o nosso barco a bom porto.

Às nossas mulheres pedimos que não fiquem viúvas e não se encontrem com as nossas amantes.

Feliz Natal e um Bom Ano a todos os que insistem em me aturar.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O capitão da triste figura

Há dias vi um episódio que me fez recordar o livro de Jorge Amado "Os velhos marinheiros ou o Capitão de Longo Curso".

Onde este relata a a história de um comerciante que queria ter um titulo, de seu nome Vasco Moscoso de Aragão, personagem solitária que á custa dos seus conhecimentos conseguiu o ambicionado titulo, mas não foi desta forma que conseguiu o respeito dos que o rodeavam, antes pelo contrário, alvo de risota e desprezo.

Quem comigo partilhou esse episódio, também partilhou a palavra "tristeza", realmente o "hábito não faz o monge".


Mudando de assunto, um dia destes houve um plenário de associados lá no clube, por motivos pessoais não pude estar presente, nem eu nem os outros, porque será?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fez-se justiça, finalmente!!!

A justiça portuguesa está de parabéns!

Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.

· Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,

· Ao desaparecimento de Madeleine McCann,

· Ao caso Casa Pia

· Da compra dos submarinos

· Às escutas a um ex-primeiro-ministro

· Da corrupção dos árbitros

· À corrupção dos autarcas

· Dos doentes infectados por acidente e negligência com o vírus da sida

· Do miúdo electrocutado no semáforo

· Do outro afogado num parque aquático

· Das crianças assassinadas na Madeira

· Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico

· Os vários crimes de evasão fiscal

. Os robalos e as alheiras do Baixo Vouga

. E muitos outros casos por explicar

Finalmente... a justiça portuguesa está de Parabéns!
Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.-

- Prenderam um jovem que fez um download de música ...

Até que enfim !!!!!!!!!!!!!!

- Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet...

"O Indivíduo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente com outros utilizadores..."

E vocês perguntam-me:
"O que este post tem a ver com barcos?
- Nada, mas a partir de agora vou deixar de fazer downloads de música.

Vou comprar um scanner dos bons, umas resmas de papel vegetal de 90 gramas, imprimir umas notas, e meter a economia a girar, isto sim, é de valor.
Se quiserem saber como se faz, tenho cá em casa um livro que explica isso muito bem, posso emprestar barato.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Crónica de uma morte anunciada (II)


Foi longo o abandono do Olimpus, desde a sua compra pelo José Lopes, até ter aportado n'Alhandra no Inverno de 1997, depois de várias viagens transatlanticas, veio padecer no Tejo.


As fortes suladas dos últimos dias fizeram os seus estragos e o multi casco não aguentou, o flutuador de Bombordo largou amarras e pela força das águas aportou junto ao nosso posto náutico.






Desta vez, não fui eu que telefonei a dar a noticia ao José Lopes, nem sei se alguém já lhe deu a noticia, mas não vai ser fácil, desta vez não deve de haver volta a dar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Tejo, tão ...

Numa enchente de maré e calma matinal, oTejo ia como eu, sei lá...





















Manhã cedo, não consegui ficar em casa depois de uma noite esquisita, peguei na minha "famosa e fui ver o Rio, a qualidade das fotos á contra-luz não é das melhores, foram tiradas com uma daquelas máquinas que até dá apra telefonar, mas pronto, foi o que se conseguiu arranhar, e com a neura já foi uma sorte.

A Feira de Outubro e a Espera de Gado

O primeiro fim de semana de Outubro é do da habital Feira de Outubro e as as habituais esperas de gado, ou de touros, vacas tambem as há, á solta, mas isso são outros 500 paus.


A Campinada

O Touro para os curiosos toureiros de ocasião, quanto a mim, gosto mais deles "fatiados"


Quase Pamplona


Cabrestos, ui...



E tem sido assim nestes dias em Vila Franca de Xira, nesta cidade em que quem não é touro é toureiro... O tal que chega á leziria ribatejana e diz "estas vacas são todas minhas, quando chega ao jardim de VFX, acrescenta, "e estas tambèm".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lição de economia

O Nobel da Economia Prof. Dr. Wass Catar, explica bem como se deve pensar
a economia actual.

1. Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções do Royal
Bank of Scotland, um dos maiores bancos do Reino Unido, teriam hoje 29
euros!!
2 . Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções da
Lemon & Brothers teriam hoje 0 euros !!!
3. Mas se em Janeiro de 2010 tivessem gasto 1.000 euros em bom vinho tinto
( e não em acções ) e tivessem já bebido tudo, teriam em garrafas vazias
46 euros.
Conclusão: No cenário económico actual é preferível esperar sentado e ir
bebendo um bom vinho.
Não se esqueçam que quem sabe beber vive :
- Menos triste
- Menos tenso
- Mais contente com a vida.

Pensem nisto e invistam na alegria de viver.


Agora, digam lá, quando eu vos desafio para uns Almoços, Jantares, Petiscos ou Beber uns COPOS se não estou a ser

Vosso A M I G O

domingo, 25 de setembro de 2011

"Mega" - Serviços de Skipper

Tendo em conta o caracter socio-cultural deste espaço, cumpre-me a mim a mui nobre tarefa de divulgar os serviços de Skipper do meu colega "Cmdt Mega" vulgo Rui Cabrita.

Cada vez mais o tempo é curto e as férias são para descansar, deste modo deixemos os tempos de viagem a levar com a água no focinho, para quem está disposto a isso, e se queremos que a nossa embarcação fique em boas mãos, temos homem com "O" grande.

Fica aqui o link para o "sáite" do meu colega e sócio "Cmdt Mega"


http://skipper-rui.no.comunidades.net/

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A matar "sódades"

Ah pois é, não metia o cu dentro de um Laser há mais de muito tempo, acho que ainda era um teenager inconsciente, pelo menos a fase de teenager já passou, a outra... tem dias.


Foto gentilmente pela Joana, feliz proprietária do Laser, , dos tempos dos Europes até agora, os reflexos da vela ligeira ainda se mantêm, (alguns) digamos que fiquei cliente.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por áuga acima...

Na sexta-feira que antecedeu este fim de semana, notava-se alguma agitação na Mui Nobre e Real Marina d'Alhandra, os passantes de jerrycan na mão indiciavam que havia saída no fim de semana.



O Simurgh III em preparativos (ex-Leonora)


Agora, Old Navy (antes Free)

Nós rio acima, a Mui Nobre vila d'Alhandra no horizonte e o piloto automático a trabalhar


Alhandra, sempre, filha do Tejo

O Simurgh III numa bolina de muito luxo, na passagem pela vila cidade a montante d'Alhandra


Mouchão da casa branca, os lusitanos, vou sempre visitá-los

Já nem se assustam com a aproximação, devem pensar que lá vem aquele gajo com o raio do alarme da sonda a apitar, cheio de vontadinha de encalhanço


Continuavam em frente á Vala de Salvaterra


Aldeia Avieira do Lezirão


O Vala Real, bote da Câmara Municipal de Azambuja


E a "minha" casa


Encontro de irmãos


2 esbeltas proas dos barcos mais versáteis que já conheci, os DC 740


Leaving Valada, by the sunrise



Como devem ter reparado, não me apeteceu escrever muito desta vez, resumindo, o rio continua cheio de redes ilegais nos sitios do costume, a Ti Rosa tá de férias (não houve bitoques), a Ti Fátima vei-se reformar e fechar o muito "mini-mercado), o mal encarado do café, continua na mesma, (desta vez acho que me ficou com 5 euros que esqueci em cima do balcão), e a última ginginha deu-me cabo da cabeça, ia acabando o stock de ben-uh-ron.

Não sei bem porquê, mas depois do almoço de domingo, os armadores decidiram só zarpar no dia seguinte de madrugada, nessa noite nem o sino da igreja me valeu.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Vende-se "Mouchão d'Alhandra"

A ilha Mouchão de Alhandra está à venda no site Private Islands Online por 25 milhões de dólares (cerca de 17 milhões de euros).

http://economico.sapo.pt/noticias/ilha-no-rio-tejo-a-venda-por-17-milhoes-de-euros_125365.html

Estive há uns dias a falar com meu amigo Joaquim Henriques, e ele não me disse nada, quiçá eu até poderia estar interessado, mas agora é que não compro mesmo, nem que ele faça um desconto de pronto pagamento ou me deixe pagar em 2 vezes, ainda por cima pode ler-se o seguinte:

"Situada a seis quilómetros de distância do porto da capital, a ilha de Mouchão de Alhandra "

Isto é uma afronta a todos os Alhandrenses, a seis quilómetros só podem estar a falar do Porto de Vila Franca de Xira, que saiba a Vila Cidade ainda não chegou a capital, já agora era o que faltava, primeiro o Mouchão d'Alhandra faz parte da área geográfica da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, agora dizerem que é capital, fdsss.

O Mouchão de Alhandra é nosso. (e Olivença também)

Já agora, o Porto de Lisboa (Stª Apolónia fica a 14 milhas náuticas do Cais do Mouchão, sendo que uma milha náutica é igual a 1.852 m, vejamos 14 M x 1.852 m = 6 km, desculpem a minha ignorância, mas é capaz de ser verdade.

sábado, 20 de agosto de 2011

A visita do Julio

Aproveitando uns dias de férias mais ou menos forçadas, e após alguns acertos de datas, e umas tantas conversações e telefonemas, eu e o Júlio lá conseguimos encontrar uma data comum para nos encontrarmos na Alhandra.
Este encontro serviria de mote a matar as saudades de navegação em conjunto, coisa que já não fazíamos há algum tempo, habitualmente eramos tripulação no "NV Véronique" do nosso "Tio" João Veiga, tempos em que discutiamos qual de nós tinha o barco mais bonito de mundo, quiçá fe todo o universo, talvez mesmo d'Alhandra, d'Aveiro e Cascais.
As put... das nossas vidas profissionais não nos tem deixado espaço para as navegações em mares do Norte, pelo que o ponto de encontro teve de ser na nossa Alhandra.

Após o almoço a bordo do "NV Volare" onde brindámos á nossa eterna amizade que muito nos une, desde que nos conhecemos há uns anos atrás por motivos profissionais, visitava eu o Arqtº Júlio Quirino no seu atelier, a partir daí encontra-mo-nos no Mar da Palha a cruzar as nossas proas, a partir daí, foi um pequeno salto até ás navegações por Mares da Galiza.
Na calmaria do Tejo, ao largo d'Alhandra

Desta feita e após o almoço fomos dar a velejadela da praxe, se bem que o vento nos pregou uma partida e quase não apareceu, aproveita-mos a calma do dia, para falarmos dos nossos projectos pessoais, coisas que nos correram menos bem, outras que esperamos que corram melhor, aquitecturas que ficam para trás, culturas biológicas a seguir em frente, obras que não aparecem, medições e orçamentos que ficam por fazer, desejos e ventos de mudança de ambos os lados, projectos não faltam e acreditamos nas matéria de que é feitas os sonhos.

Vamos esperar pela "Quinta do Nagual" e pelos brindes há sombra do tal alpendre, o "NV Volare" vai continuar a navegar por aqui, aguardando também por outros ventos.

As melhores fotos do "Nagual", aqui a navegarmos, side by side, no Tenebroso Mar da Palha

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais uma viagem...

Mais uma viagem por água acima pra mais um fim de semana numa das mais pitorescas vilas ribatejanas, á beira Tejo plantada.




A subida no sábado fez-se sem história, o vento não apareceu e tive de contribuir para o enriquecimento da petrolífera.


Entrei em Valada pelo Canal Norte, a maré estava no estofo da enchente pelo que se entra á vontade, mas não há vontadinha, pelo menos neste canal sempre está livre de redes.


Chegado a Valada pro volta da hora do almoço lá tive de ir malhar um bitoque á tasca da Rosa, e pronto, passei a tarde a malhar uma sorna do caraças. Os caniços ao fim do dia foram lançados e os robalinhos apareceram


O amanhecer, ou o meu acordar, sei lá. o gajo já ia lá no alto

Ao virar da maré, por volta das 1230 Hleg, fiz-me á estrada, rio abaixo, icei as velas em frente á praia fluvial, a nortada apareceu, e vim a voar baixinho até á Mui Nobre Vila d'Alhandra.


Aviso á navegação


Redes


Colocadas a meio Rio a partir do Bico da Obras, acentuado-se a partir do momento em que temos a praia fluvial de Azambuja pelo nosso través de BB.


Praticamente livre até Salvaterra, a partir daqui, é o descalabro e salve-se quem puder.

Se navegarmos junto ao preia-mar encontramos sempre os eventuais proprietários destas ditas, que nos indicam o caminho a seguir, para não ficarmos presos.


Atenção ás garrafas de água de 1/4 l que agora servem de bóias a marcar a posição das redes, fujam delas como do diabo da cruz.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Da Cala do Açor á Cala de Samora

Esta foi a pedido, cá vai.

O acesso á Cala de Samora vindo de montante, quem desce a Cala das Barcas, faz-se via Cala do Açor, mas não se chega á Bóia 1 A (atenção que a balizagem foi toda reposicionada), por um pequeno estudo que efectuei pelo MapSource, cheguei á seguinte conclusão:

Ponto de partida - Lat 38º 50' 515 N Long 009º 01º 871 W
A partir daqui navega-se a uma Pv= 153 numa distância de 3,3 M, até chegarmos ao próximo ponto, com as seguintes coordenadas:
Lat 38º 47' 581 N Long 008º 59' 947 W
A partir deste ponto seguimos a uma Pv= 039 numa distância de 1,7 M e já navegamos na Cala de Samora até ao ponto seguinte:
Lat 38º 48' 918 N Long 008º 58' 581 W
A partir deste ponto navegamos a uma Pv= 035 já dentro do Sorraia

GPS Datum WGS 84
Caso se navegue com agulha magnética, para converter a Pv em Pa, consideramos uma Declinação de 4º W, sabendo que de Verdadeiro para Agulha, W + (Oeste soma)

Nota: Este percurso foi efectuado em navegação de secretária, pelo que se aconselha, como sempre a habitual prudência marinheira, isto para não sermos surpreendidos por algum cabeço de ostra, dos que se "movimentam" por aqueles lados.

Boa Navegação

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tejo "Internacional"

O Tejo cada vez mais na rota dos navegadores solitários que se aventuram por esses mares, desta feita, lá vinha mais um ilustre desconhecido, de pavilhão estrangeiro a descer o vindo dos lados "d'água acima", já o vinha a mirar havia algum tempo, subi o elevador com a minha "Famosa" e esperei por ele no cimo para lhe tirar o retrato.



Este não fez escala técnica n'Alhandra, já deve ter ouvido falar que os tipos do clube não oferecem (também não têm), galhardetes de cortesia aos visitantes, e isto de serem os próprios sócios a oferecer, também não pode ser sempre.


Por água abaixo, rumo ao mar, já agora, boa viagem Sailor

domingo, 12 de junho de 2011

Entranhas Ribatejanas

A convite do Clube Náutico de Salvaterra de Magos, e aproveitando a boleia de uma regata que havia no meu clube local, larguei amarras da Real e Mui Nobre Marina d'Alhandra, pelas 1000 horas locais, como é meu apanágio, quem está está, quem não está estivesse, e lá me fiz rio acima, rumo ao Ribatejo profundo, desta feita com o Egídio (Bigaretta) como meu tripulante.


Até meio do percurso fui acompanhado de um vento bonançoso que muitas vezes me questionava a opção de levar o pano todo no ar, já tinha rasgado 2 vezes a genoa este ano, e já agora não havia 2 sem 3, pensava, mas o NE que se fazia sentir forte, costuma perder intensidade ao longo da manhã, pelo que optei pelo pano todo.


Á passagem da Vala de Azambuja, o vento caía, obrigando a tripulação a fazer uma pausa para saciar a sede.



Com a Ponte da Lezíria (Carregado) á vista, aqui ainda éramos obrigados a umas bolinas cerradas, 2 milhas a montante o NE desaparecia quase totalmente.


Inolvidável, o percurso dentro da Vala Real de Salvaterra de Magos, com a distancia de uma milha (1852m), até ao cais da Vala e á marina do Clube Náutica, rodeado de uma vegetação densa de salgueiros, um veleiro penetrava nas entranhas do Ribatejo profundo.
Nestas alturas é que vejo as vantagens do meu "derivador" .


No pontão exterior da marina, de salientar que esta vala não é de fácil acesso, entrámos a uma hora do limite do Preia-Mar, com sondas médias de 2,20m, pelo que optei por sair na primeira hora da vazante.



O regresso fez-se sem historia, com a nortada a fazer-se sentir, pelas 1800 Hleg, atracava-mos na nossa Alhandra.



Ainda fiz a boa acção do dia, quando alertei que a Baleeira do nosso clube tinha ido á deriva e estava alojada nos salgueiros da margem Sul, claro que não fiz com intenção, mas acho que ficaria bem a quem de direito os respectivos agradecimentos, (já que são tão expeditos noutras situações), pode ser por carta, já não era a primeira que recebia (mas por outros motivos, digamos que, menos nobres).


Apontamentos de Marinharia:


Manobra de fundear - Deve-se escolher um fundo de boa tença, a relação ideal entre a profundidade (preia-mar) e o comprimento de cabo/amarra, deve ser de 5 a 7 vezes a profundidade no local, em caso de corrente forte ou vento, deve-se largar mais cabo.



Tenho em casa uma tabela que indica o peso e o tipo de ferro de fundear a utilizar, em função do tipo de embarcação.


Aviso á Navegação


Atlântico Norte - Rio Tejo - Ponte da Lezíria


Indiferente ás conversas de esplanada dos mais ignorantes, que insistem em discutir alturas e profundidades, informo o seguinte:


A parte inferior do tabuleiro da ponte da Lezíria, na zona de passagem (cala), passagem esta definida pelo enfiamento entre uma marca de BB e outra de EB marcadas nos pilares, com uma marca de águas limpas no eixo do respectivo vão, antecedidas e procedidas pelas respectiva balizagem, (isto cansa) tem uma altura de 22,70, ao nivel do Zero Hidrográfico, agora façam as contas á altura da maré.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Importa-se...

Ora então, esta foi mais uma daquelas em que sem querer, me deu uma tremenda vontade de, sei lá de quê.

Estavamos em periodo hibernal e o "Volare" em fabricos, decidi fazer uma revisão completa ao aparelho propulsor, vulgo motor F/B, o meu yamahazinho de 15 HP.

Entreguei a máquina infernal aos cuidados do meu mecânico que após uma avaliação me informa do diagnóstico.

-Pá, (tipo simpático), esta treta tá toda cagada, precisa do impulsor, e do conjunto de juntas, queres que váo á procura ou arranjas tu?

Bem, o impulsor tenho um novo suplente (como mandam as regras), mas explica-me o que é o conjunto de juntas, que eu estou em Matosinhos, há por aqui o importador da Yamaha e vou lá comprar, (pensava eu).
Lá o Alberto me explicou que era a junta para a cabeça do motor, junta para o bloco e junta para o sistema de escape.
Posto isto, dirigi-me ao Sr Importador, em Leça da Palmeira, em cujo balcão solicitei o material.

Lá me vi envolvido em mais uma carga de trabalhos, identifiquei o motor (yamaha 15 F /2 tempos/mistura de 2001.

Bem ao principio até eu desconfiei da existência de tal modelo, mas como tinha um, tinha a certeza da sua existência.
Depois de devidamente identificado num manual técnico da marca, o Sr Importador, diz-me o seguinte:
"Vou ver o preço das peças e já lhe digo"
Era mesmo o que eu precisava de ouvir, até ao momento em questionei:
- Desculpe, mas tem em stock, é que se não tem, escusa de me dizer o preço, eu preciso das peças, o mecânico não me faz a reparação só com o preço.
Resposta: Não há em stock, temos de mandar vir, por isso lhe ia dar o preço.
- Desculpe a minha ignorância, mas os Srs Importadores não têm peças em stock para um vulgar motor 15 hp a dois tempos? Até eu sei que este e os 9.9 hp devem ser os motores mais vendidos da Yamaha (até são iguais).
Ah, não temos de importar, só por encomenda.
- Esqueça, vou procurar por outro lado, obrigado.

Posto isto tive um rasgo de luminosidade. e liguei para uma influente pessoa dos meios náuticos de Aveiro, a quem perguntei se sabia de algum revendedor da Yamaha, por aqueles lados.

5 minutos depois tinha um SMS do meu tio JFMV, a informar que havia um revendedor da Yamaha na Gafanha da Nazaré.
Vindo de torna viagem, desloquei-me á Gafanha, na rua principal lá estava o dito cujo revendedor, uma lojinha tipo garagem, modesta mas funcional, estava lá um bote para venda, rodeado de uma dezena de motores Yamaha, podia ser que tivesse sorte.
Fui atendido pelo feliz proprietário, um senhor de certa idade, que quando lhe informei do que precisava, apontou para um motor da loja e disse:
- É igual aquele mas a 2 tempos, não é?
Afirmativo
- Tenho cá um conjunto de juntas para esse motor e para todos os outros.
Tive que perguntar como é que um simples revendedor, tem isto em stock e contei o que se tinha passado com o importador.
O Sr explicou, "eu sei que motores tenho vendido ao longo dos anos e sei qual o material de maior desgaste, logo tenho sempre em stock, pelo menos um conjunto, agora vendi-lhe esse, vou já mandar vir outro igual, para ter aqui.
- Vai mandar vir pelo importador?
Não, senão nunca mais cá chega, vem directamente (não interessa de onde).

Como diria o saudoso, e este heim?

domingo, 24 de abril de 2011

"By The BooK" (Bái de buque)

Este ano o "Volare" precisou de ser vistoriado, em conformidade, desloquei-me á Delegação Marítima mais próxima, cuja localidade não digo o nome nem que me apertem os ditos.


O que vou narrar a seguir é a mais pura verdade, exemplo do nosso funcionalismo, diga-se publico.

"Bom dia e tal, vinha cá para requerer a vistoria á minha embarcação, tem aqui o livrete, classe 4, licença de estação, etc."

Peço é para a vistoria ser efectuada de hoje a 8 dias, que é o único dia em que me encontro por cá, e tem de ser por volta desta hora, uma vez que preciso que esteja a mais de meia enchente, que faz-se logo a vistoria a seco e a nado"

O que fui dizer, o nosso agente da Policia Marítima que desempenha as funções de amanuense, apressa-se a ligar o complicómetro.

- Não pode ser, porque a pessoa que faz a inspecção está de férias, só vem daqui a 15 dias, e alem disso para a semana as marés não dão para o que me está a dizer.

"Bem, vamos por partes, não acredito que só haja uma pessoa a fazer inspecções, o que tenho de fazer para que a inspecção seja efectuada na data indicada?"

- Há mais inspectores, mas tem de se pedir a Lisboa (deve ser longe", e se solicitar com carácter de urgência, é efectuada em 48 horas.

"Bem, se tem de se pedir a Lisboa, é um problema da Delegação Marítima, em relação ao carácter de urgência, tal não é necessário, uma vez que quero para daqui a 8 dias, até por motivos de disponibilidade e maré, como já expliquei."

- Pois, mas também lhe disse que de hoje a 8 dias a maré não dá, porque á hora pretendida já está na vazante.

"Desculpe, se hoje, a esta hora, a água está a vazar, e bem, deve faltar cerca de uma hora para o Baixa Mar, de hoje a 8 dias temos uma maré contrária, aproximadamente."

- Por isso mesmo, estou a ver pela tabela de marés e a agua agora já enche bem, por isso para a semana está a vazar.

"Pois acontece que estou a ver pelo rio, e a água agora ainda corre abaixo e temos pelo menos mais uma hora de vazante, se se levantar da cadeira e olhar pela janela, poderá constatar esse facto"

- A tabela pode não estar certa, também não sou eu que faço as tabelas, mas estamos a esquecer que a hora já mudou e já não precisamos de acrescentar uma hora á tabela.

"Você é cada tiro cada melro, se a hora mudou e as tabelas são referidas ao Tempo Universal, agora é que temos de acrescentar uma hora, aliás duas horas, uma vez que as tabelas têm como referência o Porto de Lisboa."

- Mas ainda temos o problema de não haver inspector disponível, se calhar tenho de ligar para Lisboa ou para o nosso inspector.

"Podíamos ter começado logo por aí."

Conclusão: O inspector que estava de férias, podia fazer e fez a respectiva no horário pretendido.

Mas depois não ficamos por aqui.

- Não se esqueça que tem de ter todo o material a bordo, senão chumba a inspecção, não se esqueça que tem de ter os Pirótecnicos dentro da validade.

"Não há problema, já trouxe de Bayona, em Espanha não levantam os problemas de licenças como cá"

- Não pode trazer Pirótécnicos de Espanha.

"Diga-me, porquê?"

- Porque não pode transportar materiais explosivos.

"Boa, vocês obrigam-me a ter materiais explosivos a bordo, mas dizem-me que não os posso transportar."

- No barco é diferente

"Sim, para a próxima levo o barco até á loja mais próxima."

(Acho que em Óbidos havia lá uma casa que vendia para fora, mas já fechou)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O cheiro é o mesmo, a merda é que muda... se mudar!

Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa. O que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia!
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
Responde o Imediato: - Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa.
- David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan ... e assim prosseguiu.
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz: - Sir, todos já trocaram de roupa.

O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

P.S: É o que vai acontecer depois das eleições, vamos seguir viagem, mas a merda vai ser a mesma.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Já tá pronto

De fabricos prontos, vamos para a água, porque barco parado não faz viagem. Com o casco revestido a anti-foulling do "bom", daquele que mata tudo que se aproxime num raio de 10 cm, vá lá, 12 cm no máximo, qualquer semelhança com cor dos submarinos da Marinha, é pura coincidencia. Esta empreitada contou com o apoio do Chico do Cabo d'Vila, sem o qual não seria possível esta celeridade de trabalhos. Afinal, eu até sou o melhor amigo do Chico, diz ele, ás vezes.

domingo, 27 de março de 2011

O "N/V Volare" em fabricos

O fabricos de estaleiro continuam com algum ritmo, este ano, face a alguns compromissos assumidos, vi-me na contigência de sub-contratar alguma mão d'obra nesta empreitada e nos dias de folga, lá vai o "Chico do Cabo da Vila" entrar de serviço, sobre a minha super-visão e orientação.

Para aqueles que dizem que o Chico está a trabalhar para mim, é verdade, mas com uma agravante, eu pago o serviço, pronto, quem quiser que enfie o barrete.


Hoje de manhã também foi dia de chegar o barco "á frente", como é normal todos os anos, em vez de andar a levantar o barco com macacos e prumos de andaime e outras macacadas, aproveito o final do treino do pessoal da canoagem, assim como a presença de outros "armadores" presentes, e com uma vintena de "macacos" a fazerem força á volta do barco, um, dois, três, levanta-se o animal e chega-se á frente, para assim se poder pintar as partes que apoiavam no berço.


Para todos os que estiveram presentes na manobra desta manhã, o meu agradecimento, para aqueles que não quiseram ajudar, o meu obrigado, por não terem estorvado (hoje houve distribuição de barretes).