segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Constellation

Uma das fotos que ficaram na minha mente desde a juventude, primeira metade da década de oitenta, recorto esta foto numa revista de vela, e colo no interior da porta do meu roupeiro em casa dos meus pais.
Representava a alegria que tinha em velejar e o sonho de vir a ter um veleiro.
Há uns meses voltei a ver a foto, estava numa revista na Fnac, lembrei-me que já tinha visto nalgum sitio e fui á sua procura, lá estava ela, onde a tinha deixado, se a memória não me atraiçar, vai para 25 anos.
Descolei com o maior dos cuidados e fiz o scanner para a preservar.
Trata-se do veleiro "Constellation" de 1964, defensor da 32ª Taça América.
Felizes aqueles que têm o prazer de passar momentos como os retratados nesta foto.
(Mesmo no barcos pequeninos)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Pen Duick VI" em Lisboa (doca do espanhol)


Entrava eu com a minha humilde embarcação na doca do espanhol, quando me apercebo que encostado na muralha Norte, se encontra um belissimo Ketch (veleiro de 2 mastros), faço uma aproximação, e o meu espanto não podia ser maior quando vejo o nome "Pen Duick VI", era um dos barcos do malogrado velejador Eric Tabarly, mais própriamente o último da saga "Pen Duick".

Idealizado pelo próprio Tabarly, segundo a "International OffShore Rule", para competir na primeira regata "Whitbread", volta ao mundo para tripulações em 73/74.

O "Pen Duick VI" e Tabarly venceram a Transat em solitário em 1976, na qual Tabarly considerou como sendo a sua melhor vitória. No ano de 1981 este barco foi considerado absoleto para competição, em virtude dos novos materiais e tecnologias de competição, no entanto ainda hoje é considerado um dos veleiros mais bonitos ainda a navegar.

Actualmente é propriedade de uma empresa de cruzeiros de St-Malo, e continua a aliciar quem nele navega, fazendo cruzeiros oceanicos por todo o mundo.

Comprimento total: 22, 25 m Deslocamento: 32 Ton Boca: 5,30 m Calado: 3,40 m Àrea Vélica: 260 m2 Material do casco: Duraluminio Construção: 1973 no Arsenal de Brest

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Foi á dois anos ...

Recebi hoje um mail do Marco Dutra, que relembrava a todos que acompanharam a volta ao mundo de Genuino Madruga, que foi á dois anos que tudo começou.

"A 25 de Agosto de 2007, na vila baleeira das Lajes do Pico (Açores), partia o velejador picoense Genuíno Madruga para a sua II Volta ao Mundo em Solitário.
Fez rumo a sul com o intuito de passar o tenebroso e mítico Cabo Horn, o que acorreu às 09h45 do dia 24 de Janeiro 2008.
Seguiu-se o Pacífico, Austrália e uma impar paragem em Timor Leste onde foi honrosamente recebido.
Passado o Índico, ancorou em África onde repousou.
Entrou novamente no Atlântico e já a caminho de casa, na madrugada de 10 de Maio, Neptuno cobrou novamente o mastro do Hemingway, quando esteve estava a 1928 milhas do seu destino e a cerca de 700 do Brasil.
Neste dia, vimos a fibra deste verdadeiro lobo do mar, quando via rádio e após longa conversa, nos disse que apesar do infortúnio e das precárias condições de navegabilidade, seu próximo porto seria na sua ilha natal, para o que assumia o risco de tal decisão.

"Esta é uma viagem que não é para qualquer um" diz o navegador que acrescenta “O importante é chegar fim”.

Grato agradecimento de todos e a todos quantos navegaram com o Hemingway."

O "Hemingway", envergando a armação de fortuna (vela improvisada com a genoa e a retranca como mastro), já com a ilha do Pico á vista.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Follow your dreams

Saí para o mar, passado algum tempo dou comigo a pensar, realmente o que nos leva a passar horas ou dias inteiros no mar, olhamos as velas, a crista das ondas, a costa que vai desaparecendo, acabamos por ter o mar como horizonte, e sentimos a nossa pequenez perante o seu imenso e infinito poder.

Nós e o barco, um unico ser, respiramos o mesmo ar e bebemos a mesma essência, ficamos com aquele brilhozinho nos olhos e vivemos a matéria de que são feitos os sonhos.
Fechamos os olhos, sentimos o espírito livre, no entanto presos a uma vida que não deixa de ser feita a perseguir pensamentos, acreditamos nos nossos sonhos e sentimo-nos vivos por isso.
Felizes aqueles que têm a oportunidade de perseguir os seus sonhos e um dia quiçá, conseguir que se tornem realidade.