quinta-feira, 31 de março de 2011

Já tá pronto

De fabricos prontos, vamos para a água, porque barco parado não faz viagem. Com o casco revestido a anti-foulling do "bom", daquele que mata tudo que se aproxime num raio de 10 cm, vá lá, 12 cm no máximo, qualquer semelhança com cor dos submarinos da Marinha, é pura coincidencia. Esta empreitada contou com o apoio do Chico do Cabo d'Vila, sem o qual não seria possível esta celeridade de trabalhos. Afinal, eu até sou o melhor amigo do Chico, diz ele, ás vezes.

domingo, 27 de março de 2011

O "N/V Volare" em fabricos

O fabricos de estaleiro continuam com algum ritmo, este ano, face a alguns compromissos assumidos, vi-me na contigência de sub-contratar alguma mão d'obra nesta empreitada e nos dias de folga, lá vai o "Chico do Cabo da Vila" entrar de serviço, sobre a minha super-visão e orientação.

Para aqueles que dizem que o Chico está a trabalhar para mim, é verdade, mas com uma agravante, eu pago o serviço, pronto, quem quiser que enfie o barrete.


Hoje de manhã também foi dia de chegar o barco "á frente", como é normal todos os anos, em vez de andar a levantar o barco com macacos e prumos de andaime e outras macacadas, aproveito o final do treino do pessoal da canoagem, assim como a presença de outros "armadores" presentes, e com uma vintena de "macacos" a fazerem força á volta do barco, um, dois, três, levanta-se o animal e chega-se á frente, para assim se poder pintar as partes que apoiavam no berço.


Para todos os que estiveram presentes na manobra desta manhã, o meu agradecimento, para aqueles que não quiseram ajudar, o meu obrigado, por não terem estorvado (hoje houve distribuição de barretes).

domingo, 20 de março de 2011

Do Parque das Nações até Alhandra (ida e volta)

Este fim de semana marcou o meu regresso ao leme do "Blue Seven", o Rui havia-me ligado durante a semana, a saber da minha disponibilidade para participar neste evento, estando afastado destas nossas navegações, por simples falta de disponibilidade, desta vez estava com saudades de me agarrar ao leme.
Para alem do facto de o Rui me mencionar o facto de poder haver necessidades de um "Skipper" conhecedor da Cala das Barcas, (ou seja, um prático do Tenebroso Mar da Palha) lá me meti ao caminho, ainda sem saber que embarcação me cairia em sorte, acabei por ficar em "casa", seja no "Blue Seven".





Aproado á Cala das Barcas

Aproximação á Bóia nº5 com Alhandra na proa.

O "Blue Seven" n'Alhandra

O entardecer na Cala das Barcas

Chegada á Marina do Parque das Nações

Esta pequena viagem serviu-me também para tirar algumas conclusões, elações, e duvidas que têm surgido, nomeadamente no que respeita á funcionalidade do sistema de comportas, assoreamento da bacia da marina e navegabilidade da Cala das Barcas.

A minha opinião vale o que vale, mas é a seguinte:

Sistema de comportas - Não é funcional nem prático, neste momento a comporta de EB está avariada, fazendo com que o movimento de marés se faça apenas pela de BB, o que provoca uma corrente de cerca de 3 a 4 nós, que pode apanhar desprevenidos os mais incautos.

Assoreamento - Conforme havia previsto, está a acontecer, ainda não passaram dois anos após a re-inauguração, onde toda a bacia foi dragada, e já os pontões que se encontram junto a terra estão a seco no Baixa Mar, inclusive já é visível algumas "ilhas" de lama em zonas pontuais. Certo que a maré de hoje era de .20m acima do ZH, mas não era suposto isto acontecer, inclusive algumas embarcações tentaram sair no inicio da enchente e encalharam logo á saída.

Cala das Barcas - Completamente navegável, saímos da Marina com uma hora de enchente, cumpri os way points que já aqui publiquei anteriormente, seja, cumpri integralmente a balizagem, subimos ainda com os cabeços de ostra visíveis, e tivemos fundo navegável em todo o percurso, mesmo no pontos criticos (bóia 1 e 1A), nunca tive menos de 2,20 m de sonda á hora, inclusive a bóia nº 5, junto ao bico Norte do Mouchão da Póvoa, é nova.

Cumpra-se a balizagem e só encalha quem quer.

(Tenho um livro cá em casa que explica como se cumpre a balizagem, posso emprestar, barato)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dá que pensar...

Um destes dias fizeram-me pensar em pequenas coisas desta nossa passagem pela vida, nomeadamento do respeito que grangeamos junto dos nossos colegas e amigos.
Uma elas aconteceu em amena cavaqueira este sábado no nosso habitual almoço no Borda d'água, em que não sei porque motivo, a esposa de um meu colega Cmdt desta vida de marinheiro, diz que o Rui ainda hoje tem o meu nome na agenda do telefone "João Presidente", e questionava-se, porque passados 4 anos após passar as chaves ao meu sucessor, num gesto simbólico, ainda tenho esse "estatuto", que faz confusão a muita gente (má, diga-se).
Uns tempos atrás um amigo meu, navegante, chegou-me a dizer, "devias-te afastar um bocado daqui, a tua presença incomoda-os".
Ainda nos dias de hoje, sempre que me desloco ao clube, há sempre um ou outro sócio que tira o chapéu, "tá bom Sr Presidente, ou o atleta que grita "Presidenteeeee", quando me cruzo na rua com o nosso tambem ex-Presidente da Junta, saudamo-nos com um "de presidente para presidente".
A isto pode-se chamar respeito, que se ganha respeitando, ao longo de 8 anos á frente dos destino do clube onde práticamente fui criado, posso dizer que sempre respeitei, amado e respeitado por muitos, odiado e invejado por meia duzia, (são 6 e sei os nomes).
Como se ganha o respeito?
Não sei, olhem para mim e invejem-se, tenho comigo as licenças da Federação Portuguesa de Vela e F.P.Canoagem nºs 2636 e 1949 (árbrito, treinador e atleta).
Duma coisa tenho a certeza, o respeito não se ganha a fazer guerrinhas pessoais, a dar facadas nas costas, inclusivé naqueles que nos deram a mão, tambem não se ganha com a mesquinhês de fechar a porta do clube á pressa porque "vem lá o gajo e eu não gosto dele", e muito menos a esconder as bilhas do gás, porque o gajo foi treinar, mas se quiser tomar banho, vá tomar banho a casa, isto de 2 duches por semana é um luxo que o clube não pode suportar, dizem.
Tambem não é com queixinhas e culpas em quem não está presente.
Pois é, o respeito ganha-se, constroi-se ao longo da nossa existência.
Como diz o ditado, "não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu" e "o hábito não faz o monge"
Aqueles que de vez em quando vem aqui ler estas coisas, desculpem o meu desabafo, aos "outros", vou fazer minhas as palavras de um tio meu de Aveiro, leia-se Ilhavo, como se diz mesmo?
Ah, ide-vos fod....