quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Alhandra, 30 de Dezembro de 2009

Com o Ribatejo assolado pelas descargas das barragens, Reguengo do Alviela isolada, na Mui Nobre Vila d'Alhandra, o nosso Tejo teima em não sair das margens, a uma hora de um Preia-mar de 3,41m, apenas um vento de Sul ainda empurra as águas para cima, não se fazendo notar o fluxo da enchente que é empurrada para baixo pelas "águas de cima".




As gentes do Ribatejo profundo, habituadas a estas coisas de cheias, dizem que é bom para os campos, "arrebenta" com as nascentes, enche os furos e limpa as ribeiras.

Por aqui aparecem os malfadados jacintos, uns peixes esquisitos vindos de Espanha chamados Lucios, uns caranguejos grandes e os lagostins d'agua doce.

A Marina começa a ficar despida de mastros e a perder a sua graça, os barcos vêm a terra para serem reparados, na Páscoa voltam para a água, depois da tempestade vem o Bonanza.

5 comentários:

Anónimo disse...

O que vale é que do arganéu da poita até à mãozinha da bóia do Fulô vão 10m de cabo, senão o que aí se espera ainda me levava a barcaça de montada, com a poita pendurada num dos bicos, como já a outros desta praça terá acontecido.

Ó João, olha que mesmo assim, para uma maré de 3,4m de tabela, não me parece nada mal composta... Imagina se estivéssemos em calendas das de 4,2...

João Manuel Rodrigues disse...

Ou uma daquelas de 4,40m, acrescentavas mais um metro a cada pilar da marina e o Chibo ia de K1 para casa.
Eu parqueava o Volare ao lado da traineira do Taróta.

João

Anónimo disse...

E eu passava a ter a piroga numa poita pequenina ao pé da tijuca e acabavam-se as chatices

joao madail veiga disse...

É pá, a marina de Alhandra ainda existe, não foi pelo rio abaixo até lisboa????

João Manuel Rodrigues disse...

É verdade, a Marina d'Alhandra sofre do sindroma do papel higiénico, "nunca rasga pelo picotado".

João