Votado ao abandono, onde o Zé o deixou, em frente ao Museu de Alhandra, a vida não tem permitido as deslocações a Alhandra, quanto mais pensar em recuperar o barco, diz o Zé do fundo da sua humildade.
Era sábado, depois do nosso habitual almoço, pegá-mos no Blue Dolphins do meu colega Cmdt Mega, fomos visitar o Zé ao Olympus, nunca tinha estado a bordo, entristeceu-me ver o estado de um barco que no seu tempo foi um supra sumo da sua classe, chegando inclusive a participar na Rota do Rhum.
O Zé enquanto tentava abrir a portinhola inchada, ainda balbucionava aquilo que todos nós costumamos dizer em desabafo "não me sai o euro-milhões"
O Zé e o Mega, inspecionavam os estragos do interior, para mim era mais fácil verificar o que se encontrava em bom estado, por muito que me custe dizer, nunca mais é barco. e é pena, como o Zé me disse várias vezes, era um barco lindo a navegar.
Várias vezes estou no Cais 14, a contemplar o "Olympus", o pessoal que me conhece, ligado a estas lides, perguntam-me "aquilo nunca mais sai dali".
Eu vezes sem conta, conto a história daquele trimarã e do seu dono, o Zé Lopes, o homem que foi uma vez á Ilha de Tristão da Cunha, a ilha mais remota do Hemisfério Sul, trouxe de lá um Van De Stadt 28, que diz quem viu, parecia um destroço quando chegou a Lisboa, o Zé veio nele a navegar, assim como foi para o Brasil no "Olympus" fez a travessia com a proa a meter água e aterrou em Alhandra.
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