Finalmente, parece que é desta que a Cala das Barcas ou Cala do Sul vai voltar ser franca para a navegação, após várias exposições de algumas entidades e particulares, a Capitania do porto de Lisboa, lá abriu os cordões á bolsa e colocou 2 embarcações em operações de dragagem, nomeadamente no troço mais assoreado, ou seja entra a Boia nº 1 e a Bóia 10 A, onde se tinha de fazer sempre o trabalho de casa e algumas continhas de cabeça, isto sempre a contar com soluções baseadas em passagens alternativas mas não duradouras, para não sermos surpreendidos pelos cabeços de areia e ostra que coabitam por aquelas bandas.
Ficamos a aguardar por um upgrade da balizagem que por aquelas bandas tambem se encontra bastante degradada, as cores Verde e Vermelha já deram lugar ao branco cagadela-de-gaivota e castanho ferrugem, os alvos já foram alvo de algo desconhecido, ou outra coisa do genero.
Será que as taxas de balizagem e farolagem pagas pelos milhares de utentes das embarcações de recreio, que todos os anos se deslocam á Capitania do Porto de Lisboa e respectivas Delegações Maritimas do estuário do Tejo, não poderão ser usadas para o beneficio dos utentes que pagam para esse efeito.
Aviso á Navegação nº 24
Período de: 17-Fev-2009 a 30-Abr-2009
Promulgado por: Capitania do Porto de Lisboa - CAPIMARLISBOALocal: Porto de Lisboa - CALA DAS BARCAS OU DO SUL
Assunto: OPERAÇÕES DE DRAGAGEM
Avisa-se toda a navegação que se iniciaram as operações de dragagem na Cala das Barcas ou do Sul, entre a Baliza nº 8 (LL-264.1) e a Bóia 1-A (LL-264.5).
Os trabalhos têm uma duração prevista de 2 meses, envolvendo a draga “Cova do Vapor”, os batelões “Grenalha” e “Gávea” e o rebocador “Expedito”. Considerar resguardo adequado.
Data de cancelamento: 30-Abr-2009
Assunto: OPERAÇÕES DE DRAGAGEM
Avisa-se toda a navegação que se iniciaram as operações de dragagem na Cala das Barcas ou do Sul, entre a Baliza nº 8 (LL-264.1) e a Bóia 1-A (LL-264.5).
Os trabalhos têm uma duração prevista de 2 meses, envolvendo a draga “Cova do Vapor”, os batelões “Grenalha” e “Gávea” e o rebocador “Expedito”. Considerar resguardo adequado.
Data de cancelamento: 30-Abr-2009
"Apesar de a Cala das Barcas, estar referida no Regulamento da APL como de 1º nível, ou seja, aquelas em que a APL,S.A. é responsável pela monitorização e pela manutenção das suas características físicas , há mais de dois anos que esta Cala está fortemente assoreada entre as Bóias 1 e 10A, facto que tem constituído uma limitação severa na navegação para montante da Pte. Vasco da Gama. Esta situação, não só afectou a náutica de recreio, mas também, como as imagens documentam, vários foram os navios da marinha mercante - "graneleiros" - que ficaram encalhados no local, muitas vezes, durante várias horas, aguardando pelo ciclo de maré.
"Durante os últimos dois anos, o acesso às infra-estruturas náuticas de Alhandra, Vila Franca de Xira, Salvaterra e Cartaxo, esteve fortemente condicionado, face à atitude de desleixo e abandono a que a Cala das Barcas foi votada. Apesar do Sr. Dr. Manuel Frasquilho - Presidente da APL -, quando confrontado com a situação durante o Seminário de Náutica de Recreio do Seixal do passado mês de Setembro, ter referido que sic. "de facto, a situação da Cala das Barcas nunca deveria ter chegado a tal ponto”, foi ainda necessário esperar mais quatro meses para se dar finalmente início aos trabalhos de dragagem no local.
Os nautas que habitualmente navegam para montante da Pte Vasco da Gama, conhecem bem as consequências que esta situação provocou no planeamento dos cruzeiros para montante, nomeadamente, a Valada, obrigando a sair de Lisboa com pelo menos duas horas sobre a baixa-mar, e, no regresso, ter de fazer escala em Alhandra para aguardar pela inversão de maré, mitigando, deste modo, o risco de encalhe junto à Bóia nº1.
Os nautas que habitualmente navegam para montante da Pte Vasco da Gama, conhecem bem as consequências que esta situação provocou no planeamento dos cruzeiros para montante, nomeadamente, a Valada, obrigando a sair de Lisboa com pelo menos duas horas sobre a baixa-mar, e, no regresso, ter de fazer escala em Alhandra para aguardar pela inversão de maré, mitigando, deste modo, o risco de encalhe junto à Bóia nº1.
Uma Boia Verde-cagadela
Uma Bóia Vermelho-cagadela
Muito embora o Aviso aos Navegantes (163/07), em vigor desde 01 Junho de 2007, tenha estabelecido um procedimento alternativo de passagem no local, cedo a sua eficácia ficou comprometida, devido ao agravamento gradual do assoreamento na zona em apreço."
A dragagem já aí está, venha uma balizagem condigna
5 comentários:
Cum caraças pá! Logo tinham de fazer o que lhes compete e vir balizar e dragar a cala como deve de ser... Agora há malta que vai ficar num dilema : Onde é que raio vão arranjar desculpa para ficarem em seco na manhã da Belém-Alhandra-Belém :) Já só sobram como alternativas o Datum do GPS e o abatimento
E não nos podemos esquecer daqueles que julgam que têm 4 metros de profundidade e encalham porque afinal iam a olhar para o odometro.
João
Ou daqueles que julgam ter quatro metros, e esta aconteceu mesmo, mas afinal têm a sonda em pés e vão com um metro e trinta de água :)
BOIA nº 1- passei por lá a caminho da marina da expo no domingo pp, e a boia não está lá!!A maré estava vazia e ligeiramente a Este da sua posição a profundidade era de 1,5m. Têm alguma inf. sobre este assunto? Vão recolocá~la? JGarcia (veleiro II XICAS)
Pois, é assim mesmo a boia não está mesmo lá, a draga tambem parece que acabou o seu trabalho e ficou tudo na mesma.
Por experiência própria, eu faço rumo directo entre a Bóia 8 e a 10A (sentido de jusante para montante, á Pv= 042), no entanto desvio-me ligeiramente para EB a meio deste percurso.
De resto, não há mais novidades.
João
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