Saída de Aveiro em auto-pullman com destino a Proba do Caramiñal, onde chegámos cerca das 0200 da matina (hora local) do dia seguinte.
Parque Natural das Ilhas Atlanticas
Ao longe, o Cabo Finisterra
Regressados ao Caramiñal, eram horas da cerimónia de abertura, onde fomos presenteados com um repasto de iguarias locais, com o famoso mexilhão sempre presente.
Depois de jantar foi altura de efectuar os preparativos para a navegação do dia seguinte, o Cmdt Veiga não iria estar connosco nesta etapa, eu e o Julio Quirino assumiamos o comando do NVV Veronique, fizemos o reconhecimento das cartas e marcámos os respectivos waypoints de passagem entre as ilhas nos nossos GPS.
Dia 02-05-2008 Proba do Caramiñal - Vigo 32 Milhas
Fomos para a água por voltas das 0900, sem vento e descemos a Ria de Arousa em direção ao mar, ás 1045 foram efectuados os procedimentos de largada, o vento apareceu mas de Sul chegando por vezes aos 15 nós, outras vezes caía para os 3 nós, eu e o Julio iamos alternando no leme consoante o bordo, fizemos a passagem das Islas Onza sem problemas, á chegada ás Islas Cies fomos acompanhados por um cardume de golfinhos que nos indicaram o caminho até á Ria de Vigo.
Passagem nas Islas Onza
Entrámos na Ria ao anoitecer e o vento foi-se, ás 2200 estávamos em terra. O Cmdt Veiga estava de volta para no dia seguinte assumir o comando do NVV Veronique e aguardava a nossa chegada com uma feijoada de samos para a próxima viagem.
03-05-2008 De Vigo á Póvoa de Varzim 55 Milhas
NVV Véronique em Vigo
1000, Largada para esta etapa com vento N dentro da Ria, 10 minutos depois não havia vento, o Cmdt Pardal Sepikingue do "Celta Morgana", era o primeiro a anunciar que iria ligar motor e seguir em frente para Portugal (dali nem bons ventos), vários outros se lhe seguiram.
Por volta do meio dia, ouvia-se pela rádio que a frota que estava em frente ao cabo Sileiro estava a levar porrada e a equacionar recolher para Baiona, para nós estavamos em frente ás Cies a almoçar sem vento.
Mal acabámos de almoçar começámos a levar por atacado, 30 nós de vento pelo focinho e ondulação da boa, recolhemos pano á proa, metemos motor e com a vela grande em cima seguimos para a nossa terra.
Rumo ao Cabo Sileiro
Á passagem no Cabo Sileiro, as coisas não estavam boas, no entanto ouviamos pelo VHF, que as condições melhoravam em La Guardia, a frota Aveirense equacionava entrar no Porto de Viana do Castelo, o Cmdt Licas do "Zurk" comunicava via rádio que em Viana o vento estava a cair e mar e o mar já estava com vaga larga, o "Casvic" informa que fica em Viana, o resto da frota segue para a Póvoa. Realmente as coisas estavam bastante melhores aqui deste lado da fronteira e á passagem pelo farol de Montedor o mar era de vaga larga e pouco vento.
Pelas 2300, a 7,5 milhas do porto da Póvoa e sem vento, deparamo-nos com uma situação de pouco combustivel, o esforço feito das Cies até Caminha no meio da borrasca, estava agora a ser pago, vamos tentar chegar á vela, após 2 horas de tentativas, os 3 nós de vento eram insuficientes para mover as 9 toneladas do NVV Véronique.
Não tivemos outra hipótese, o "Tibariaf II" estava a 3 milhas da nossa posição, o Cmdt Berna prontificou-se de imediato a vir ao nosso encontro trazer combustivel.
Por volta das 0200 do dia 4 de Maio entravamos a barra de Póvoa de Varzim
As luzes de navegação do "Tibariaf II" do Cmdt Berna, quando veio ao nosso encontro.
(Brevemente mais desenvolvimentos desta viagem em http://mamalhandra.blogspot.com/ )
4 comentários:
Até cega.
Parece Nairobi de noite.
e eu a pensar que esta ultima foto era uma vista aerea do continente negro!!!!
Pois é...mas naquela altura, sem vento, sem combustível e com a onda larga a empurrar-nos para a costa, foram das luzes mais bonitas que vimos!!!
Sem combustivel não é bem assim, tinhamos combustivel, não dava era para chegar destino, mas isso é apenas um pormenor.
João
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