quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
1 de Dezembro - Aniversário do Glorioso Alhandra Sporting Club
A preparação de uma sopa de pedra
Largada da prova de canoagem de Cadetes e Infantis
Na canoagem estiveram presentes cerca de 130 atletas em K1, K2 e C1, na vela estiveram cerca de uma centena de atletas nas classes Optimist, Laser, Europe, Vaurien e ANC.
As provas decorreram em frente á nossa Mui Nobre Vila d´Alhandra, aproveitou-se uma janela de bom tempo para se efectuarem as provas de canoagem, para depois as condições não serem as mais adequadas para meninos durante as regatas de vela, com uma pequena depressão a se fazer sentir com alguma intensidade e a dar algum trabalho ao pessoal de apoio, nomeadamente junto dos Optimists.
Uma calmaria seguida de uma depressão das boas.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
I Regata de Solitários - Volta ao Mouchão d'Alhandra
Para mal dos meus pecados, a primeiras 3 milhas (1/2 volta) foram efectuadas á popa raza, como ainda não houve uma alma caridosa que contribuisse com um balão (já houve uma tentativa), tive de me resignar a deixar fugir 2 figaros de balão içado, "Nau dos Corvos", este com um balão de medidas avantajadas, assim como o barco com 10 cm a mais que os planos de construção, "Oceanus" que desta vez levava ao leme o nosso campeão mundial de Vaurien na categoria de Vela Piquena, o Chico Racha-a-Lenha, e o Mini-Transat do Mário "Azul", que sendo o velejador com mais horas em solitário, se esperava uma vitória, mas quedou-se pelo 2º lugar do pódio.
Ficam as imagens do barco mais bonito da Real Marina da Mui Nobre Vila d'Alhandra e do seu destemido Skipper lutando desesperadamente contra as popas em regatas.
Com o "pau" a efectuar o seu trabalho
Com a viragem do "bico" sul do Mouchão, entrámos finalmente nas bolinas, mas já não havia muito a fazer, recuperámos distancia para o 3º (Oceanus), e aumentámos a distãncia para os restantes, após 2 horas e 15 minutos de regata cortámos a linha de chegada.
Salvou-se o cozido á portuguesa devidamente confecionado pelo gajo mais ordinário da Mui Nobre Vila d'Alhandra, não digo o nome para não ferir susceptibilidades, e tambem porque não quero injustiçar ninguem.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Um fim de semana de Novembro em Valada
Passagem na Aldeia avieira do Lezirão
Novamente patos á passagem na Quinta das Areias
Chegada a Valada, emancipação femenina na 3ª idade com influências de Iron Maiden
Pôr do Sol em Valada do Ribatejo, o meu menino atracado no pontão
Amanhecer muito branco em Valada
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Cálculo da nossa posição - Navegando pelo Sol
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Apelo á Marinharia Alhandrense
"Joaozinho,
Ainda é muito cedo para tratar dessas coisas, mas uma ideia peregrina veio-me à mente. Pensa nela e opina sff.
Há 8 anos eu participei com o Veronique na Arcachon Aveiro, que nesse ano fez escala em Gijon.
Foi da pele dos ditos pôr o barco lá em cima, demorei 2 meses a pô-lo em Gijon, e já não cheguei a tempo de largar de Arcachon.
A ideia era a seguinte:
Arranjar uma meia duzia de maduros e alugar um barco em Arcachon até a Corunha, ou Baiona e, a partir dali, continuar com o Veronique até Aveiro. (ou no alugado, claro)
A preços de hoje, o aluguer de um 40 pés com skipper (assim o gajo depois leva-o para cima) custa, duas semanas, à volta dos 3000 euros. Duas semanas dá para vir até Aveiro. Se for até a Corunha ou Baiona será menos, mas aí no Veronique só podemos por 4 ou 5 tripulantes e não os 6 iniciais.
Pensa nisto.
As datas serão de 12 a 21 Julho de 2009.
Joao Veiga"
Agora eu:
A ideia soa-me meio doida, mas dá para encaixar, se a meia duzia de maduros forem de igual modo malucos pode-se tornar numa experiência engraçada.
Neste contexto, acho que não seria disparate (uma vez que Alhandra é a povoação com mais comandantes per capita), tentarmos levar uma pequena delegação desta terra tagana e atravessar uma das piores zonas da Europa para navegar, o Golfo da Biscaia.
Tendo em conta que num 40 pés podemos colocar até 8 tripulantes, os custos de aluguer poderiam ficar reduzidos a cerca de 400 euros por cabeça, o que para uma empreitada desta envergadura não é nada.
Tendo em conta que o mar do Norte não é própriamente para meninos, e uma vez que seria no minimo gratificante participar numa coisa destas, porque não juntar-mos uma tripulação de Aveirenses e Alhandrenses e enfrentarmos em conjunto o desafiador Golfo da Biscaia, as costas da Bretanha e o Cantábrico, tudo duma só vez e que tanta inveja fazem ao nosso Mar da Palha.
Como diz o Veiga, ainda é cedo, mas temos de começar a pensar nisto.
Eu digo: Podes contar comigo
terça-feira, 21 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Cruzeiro Aveiro - Porto - Aveiro 2008
Chegada á Assoc. Aveirense de Vela de Cruzeiro, de uma delegação de 3 velejadores do Sul que irão integrar tripulações daquele clube.
Delegação: João Rodrigues, Julio Quirino (companheiro destas lides) e Paulo Nunes, um estreante cheio de vontade.
Pelas 2100, é servido um jantar devidamente confeccionado pelo Sr. Presidente Paulo Reis, após o qual embarcamos numa navegação nocturna a bordo do “Liberum”, embarcação Gib Sea de 40’, pertença do armador Bonito Galacho.
Esta navegação terminou pelas 0430 pelo que acabei por dormir a bordo do “Liberum”.
Os meus aposentos nestes 3 dias, o camarote de popa a Bombordo
Dia 18 0730 Alvorada
Distribuição de tripulações, o Cmdt Veiga informa que não vai comparecer, pelo que a tripulação do “Véronique” vai ser composta pelo Eugénio, João Pragana, Julio e Paulo, o Veiga vai de comboio para o Porto, eu fico a bordo do “Liberum” a convite do armador.
0830 – Descida da Cala d'Aveiro com destino á barra, o “Taaroa” informa que o radar e o gps foram abaixo, pelo que lhes passo o meu gps portátil.
Saímos a barra pelas 0920, o Galacho sente-se um bocado indisposto devido á navegação da noite e foi-se deitar, como mais graduado a abordo, assumi instintivamente o leme do “Liberum” coadjuvado pelo jovem marinheiro Kiko nas manobras de cabos, que assumia o leme timidamente cada vez que me deslocava ao WC, efectuámos o bordo mar adentro até ás 1300, enquanto o Machadinho fazia a almoço, á hora de almoço virámos de bordo em direcção a terra, que entretanto já não se via á muito.
A meio da manhã o “Mike Davis/Porto de Aveiro” do Delmar Conde, cortou a nossa proa, pelo que é informado via VHF que me encontro ao leme do “Liberum”, igual a si próprio, o Delmar vira de bordo vem-me cumprimentar no meio do grande oceano do norte.
Entretanto depois do almoço o nosso armador já está recomposto e o Machadinho cansado do esforço efectuado ao fogão, vai dormir por 3 horas.
Entretanto o vento subia até aos 18 nós e proporcionava-nos umas bolinas de luxo com este 12 metros a atingir facilmente os 6,6 nós de velocidade (SOG-speed over ground)
Pelas 1600 e já a pagar uma factura de sono pela noite anterior e após 6 horas de leme, passo este ao Galacho, e fui-me recolher por uma horita.
Pelas 1800 damos entrada na barra do Douro e atracamos na ribeira da Invicta.
Dia 19 0800 Alvorada
O “Celta Morgana” tá com problemas de motor, o Tony não consegue dar arranque, após várias tentativas com baterias do “Véronique” e do “Mike Davis”
E já com a água a vazar bem, é tomada a decisão de levar o “Celta Morgana” a reboque para o Porto de Leixões, cabendo essa mui nobre tarefa ao Cmdt Veiga e ao seu “Véronique”.
Os meus colegas “mouros” que estavam no “Véronique” passam a fazer parte da tripulação do “Tibariaf II”.
Entretanto a frota segue para Aveiro, o José Ângelo (Blue Moon) informa via VHF que só vai chegar a Leixões por volta da 1200.
O “Celta Morgana” fica em Leixões, o Tony (armador) vem de comboio para a Aveiro e o “Veronique” inicia a viagem de regresso a Aveiro.
A bordo do “Liberum”, mete-se o piloto automático, o Machadinho dorme, e cabe ao Galacho a tarefa de fazer o almoço, enquanto eu tomo conta do barco.
Pelas 1600 horas estamos no enfiamento da barra de Aveiro, preparo-me para passar o leme ao Galacho que não aceita e dá-me o privilégio de fazer o “Liberum” penetrar a barra de Aveiro comigo ao leme, e de o levar ria acima até ao pontão da AVELA , ás portas da cidade de Aveiro.
Pelas 1645, estamos atracados.
Pelas 1900 chegava á minha Mui Nobre Vila d’Alhandra.
Conclusões:
De enaltecer este estreitamento de relações e experiências entre 2 clubes de vela, um vocacionado para vela oceânica e o outro para águas interiores.
Falta a deslocação de uma delegação de Aveiro ás nossas águas, vamos começar a pensar em “Valada 2009”
Veiga, eu sei que posso contar contigo.
Galacho, obrigado por me confiares o leme do “Liberum”, esteve sempre bem entregue.
“Liberum” (livre e independente)
sábado, 18 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Check List
-Previsões meteorológicas
-Equipamentos de navegação e de governo (agulha, odómetro, leme, radar e GPS)
-Combustível (para a viagem e reserva)
-Equipamentos de comunicações (VHF e telemóvel)
-Cartas Náuticas e Roteiros da zona
-Aparelho propulsor (vela / motor)
-Estanquicidade e sistemas de esgoto (Válvulas, escotilhas,
bombas de esgoto, sanitários, etc)
-Baterias
-Tomadas de corrente
-Luzes de navegação
-Lanternas e pilhas de reserva
-Coletes de salvação Arneses de segurança
-Equipamento de segurança (Balsas, sinais fumígenos, fachos, espelho, etc)
-Sistema de combate a incêndios
-Reflector de radar e radiobaliza
-Água potável, mantimentos
-Caixa de 1ºs socorros
-Comunicar o plano de navegação
-Ancoras e cabos
-Documentação
Cruzeiro Aveiro - Porto - Aveiro
Programa:
dia 17 2100 horas - Jantar nas instalações da AVELA
dia 18 0800 horas - Saida da Barra de Aveiro
1700 horas - Provável chegada ao cais da Estiva, na ribeira do Porto
2030 horas - Jantar
Dia 19 0700 horas - Alvorada
0830 horas - Saida com destino á barra do Douro
1600 horas - Provável entrada na barra de Aveiro
1630 horas - Imponente desfile náutico até á Lota Velha em Aveiro
Até lá desejo a todos um bom cruzeiro.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Alegria, sabedoria e amizade
A alegria de fazermos o que gostamos com prazer, tem o dom de espalhar mais felicidade que todas as riquezas materiais que nós conhecemos.
Cultiva em nós o hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar sempre que o melhor está para vir e nunca o pior, está na luta, na tentativa, e em todo o sofrimento envolvido na busca desse fim.
O maior prazer que tenho e posso sentir é que com a minha presença estou a causar prazer a quem me rodeia, aos meus amigos.
Sempre me senti feliz por estar vivo, alegre apesar das más notícias, pois nunca devemos matar em nós a simples alegria de viver
Às vezes interrogo-me se, com excepção do saber, os deuses e/ou o gajo que inventou este 3º calhau a contar do sol, ofereceram ao homem alguma coisa melhor que a alegria, a sabedoria e a amizade.
Vários factores aparecem perante os nossos olhos nesta vida, cada um de nós ao longo da vida vai sofrendo inevitavelmente, nas ocasiões mais adversas e de formas diferentes, as suas derrotas, mesmo que temporárias.
Temos no entanto de ter sempre presente, que cada adversidade poderá trazer consigo um equivalente beneficio.
Sempre que superamos estas adversidades, torna-mo-nos mental e espiritualmente mais fortes, deste modo vamos aprendendo e lutando ao longo da nossa vida com a adversidade, porque o que não nos mata, fortalece-nos o corpo e o espirito.
Não podemos dirigir ou controlar o vento, mas podemos ajustar as velas do nosso navio, porque o tempo não é muito e aquele que nos resta é de aventura, temos de andar depressa, pois não sabemos se esse tempo que ainda temos é suficiente para encher todos os nossos sonhos.
Se colocarmos de parte esta alegria, esta matéria de que são feitas os sonhos, ficamos sós, aquilo em que nos apoiávamos deixa de existir, a solidão toca-nos e empurra-nos para o abismo.
Podemos rir, mas não é de verdade.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
A Secção Náutica do Alhandra vai a eleições
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Europe - Uma classe áparte
Europe a bolinar com vento fresco, pormenor da barra de escota com o carrinho colocado a sotavento da linha de meia nau
domingo, 28 de setembro de 2008
O sentido da vida
Decorria o ano de 1992, eu recem retirado da canoagem de competição, dava aulas de canoagem no clube.
Jorge Pereira, 30 e poucos anos, militar de profissão, 1ºSargento do Exército, queria aprender canoagem, fui seu professor e companheiro enquanto quis por lá andar, pessoa muito dinâmica, um dia não estava bom para remar, convidou-me para uma corridinha, aceitei até porque tava habituado.
Ao ver que o Jorge nunca mais parava, perguntei se ele estava habituado a correr, respondeu "faço umas maratonas".
Tava explicado, tambem fiquei nesse dia a saber que era "Ranger" tinha frequentado á pouco o Curso de Operações Especiais em Lamego.
A guerra do Golfo ainda tava em fase de rescaldo, 1ºSargento Pereira tinha-se oferecido para uma comissão de 6 meses, com o que ganharia na comissão queria comprar o sonho de ter uma carrinha Opel Astra.
Soube que o Jorge embarcou, nunca mais o vi, até ao dia do meu casamento em 1993, em que vejo na estrada nacional nº10 á saida de Alhandra, uma carrinha Astra parada em plena estrada a fazer sinais de luzes, era o Jorge.
Apareceu-me uns meses depois no clube, para me cumprimentar e mostrar a carrinha, mostrei o Opel Corsa 1.4 SI que a empresa me havia "oferecido".
Pouco mais soube do Jorge, até á meia duzia de anos atrás, apareceu no clube junto com a esposa, não o reconheci, aquela pessoa extremamente dinâmica, imparável e cheia de vontade de vencer, tinha tido um AVC, paralizado do lado esquerdo, mal conseguia andar, é daquelas situações que nos parte ao meio como pessoas e nos leva a pensar no sentido da vida.
A esposa contou-me á parte o que se tinha passado, o quanto estava a ser dificil para ele, e tambem para ela, muito mais sendo ele uma pessoa que não sabia o significado do "estar parado".
Hoje tive de ir á Gare do Oriente, estacionei o carro no parque e desci as escadas, passo por uma pessoa de bengala, a cambalear ligeiramente e com o braço esquerdo paralizado, "é o Jorge, pensei".
Chamei, ao que ele acedeu, era ele e reconheceu-me,cumprimentou-me segurando a bengala com o queixo contra o peito, falámos um pouco, mais sobre o que estou eu a fazer porque da parte dele limitou-se a um "agora é ir vivendo", disse-me que vai algumas vezes a Alhandra e procura-me sempre, "temos andado desencontrados", a conversa termina com um "sempre que fores a Alhandra procura-me, ando sempre pela borda d'água, assim o meu barco esteja lá".
Despedimo-mos, não mais parei de pensar no sentido desta vida.
Hoje encontrei o Jorge, um sobrevivente.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
EarthRace na Real e Mui Nobre Marina d'Alhandra
A embarcação a motor 'Earthrace' que fez a circum-navegação em apenas 60 dias esteve cá.
"A embarcação futurista Earthrace bateu em 27-06-08 o recorde mundial da volta ao mundo em embarcações a motor, um percurso de 25 mil milhas que cumpriu em sessenta dias, retirando precisamente duas semanas ao anterior máximo - 75 dias - estabelecido há dois anos pelo iate inglês Cable Wireless. E, num dia em que o barril de petróleo bateu também ele novos recordes, atingiu esse feito usando uma energia alternativa, o biodiesel, de uma empresa portuguesa, a SGC energia, da holding do empresário João Pereira Coutinho.
Com quatro tripulantes a bordo (um deles um engenheiro de ascendência portuguesa) e dois convidados rotativos, comandado pelo skipper neozelandês Pete Benthune, o Earthrace atravessou quatro oceanos, dois canais (Panamá e Suez), e os cinco continentes, promovendo a difusão do novo carburante como forma mais veloz de navegação e amiga do ambiente. Em terra ,a equipa de apoio era de apenas quatro elementos, com outros tantos na base em Londres. Exactamente 60 dias depois da partida, juntaram-se todos de novo no Porto de Valência com a respectivas famílias, para fazer a festa com champanhe e charutos. Pelo recorde e pelas boas notícias: depois de dois meses no mar houve mesmo um pedido de casamento e a alegria de estar um bebé a caminho.
"O ponto de viragem foi Singapura, depois de termos perdido o motor e termos de fazer um desvio até à Malásia para o arranjar", contava Pete à chegada ao seu principal patrocinador, João Pereira Coutinho, um velejador de renome, que pela primeira vez viu ao vivo o "brinquedo" que patrocina.
Apesar de ser impossível suportar o cheiro do interior e atravessar a desarrumação ("somos homens e foram dois meses", contou Pete), Pereira Coutinho terá tempo nos próximos dois anos, o tempo que o barco estará em Portugal (Portimão, primeiro, Lisboa, depois), onde testará novos biocombustíveis da SGC (o actual é feito à base de girassol português, soja brasileira e purgueira moçambicana), apostando noutras matérias como as algas e... o lixo."
DN 28.06.08
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Regata Belem - Alhandra - Belem 20 e 21 de Setembro
Realizou-se a 25ª edição desta regata, digamos que enquanto Presidente da Secção Náutica, (que fui durante 8 anos)esta foi sempre a prova que mais me deu gozo organizar, enchia-me de orgulho em receber aqueles veleiros vindos de Lisboa, pessoal com um certo "Know How" em termos de navegação, normalmente habituados a navegar noutras águas, mas que nesta altura se atreviam a subir a "Cala das Barcas" e vir á nossa terra.
Nem sempre as coisas correram bem, nem sempre foi como nós gostariamos, este ano não foi excepção, há sempre algo que falha, polémicas á mistura, na qualidade de Vice-Comodoro (endossado), digo, não vale a pena irmos por aí, não vamos falar de ratings, handicaps antigos, taças, fados vadios,putos que levam estaladas e outros diversos.
Devemos falar sim, no prazer de velejar, no orgulho de bem receber na nossa terra, e de sentir que as visitas saem daqui satisfeitas, as nossas discussões devem ter lugar em sede própria, e se alguma coisa está ou correu mal,foi porque todos nós deixámos que isso acontecesse, deviamo-nos ter chegado á frente antecipadamente, com a iniciativa de fazer com espirito de bem cumprir, e nunca deixar para depois o dizer que está mal.
Caberá a nós Sócios, reflectir sobre o futuro deste tipo de provas, ajudar na sua realização com opiniões válidas e sua concretização.
A Regata
Este ano contámos com presença de 31 embarcações, pena que faltassem alguns da casa, mesmo assim foi muito bom.
Sábado dia 20
Não tivemos sorte com o vento, aparecia timido, ia-se embora, foi uma autentica lotaria, este factor fez com que a Comissão de Regata encurtá-se o percurso acima da Vasco da Gama, faltou uma inolvidável chegada da frota á nossa Alhandra com os panos no ar.
Domingo 21
Largada sem vento, apareceu um pouco bonançoso minutos depois, proporcionado umas bolinas engraçadas até á Póvoa, onde se deu a linha de chegada.
A frota de Lisboa seguiu o seu caminho, a frota d'Alhandra regressou a casa, no meu caso,após reunião a bordo, decidimos seguir até Lisboa, onde chegámos á Doca de Alcantara por volta das 1400, almoço nas Docas e pelas 1600, entrava um vento S de 12 nós, que nos fez sufar em borboleta até á Vasco da Gama, entretanto o vento ronda para W e sucessivamente para NW, obrigando a uma velejadela de muito luxo até á nossa Mui Nobre Vila d'Alhandra, onde aportámos pelas 1900 horas locais.
Salve-se o espirito do melhor barco do mundo e morra quem se negue.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Um fim de semana em regatas
Mais uma vez ficou demonstrado que em termos organizativos, não há nada que chegue aos calcanhares do nosso Staff, a falta de informação foi uma constante, mas pronto, no fundo acabou por correr relativamente bem, e o saldo foi mais ou menos positivo.
Em termos competitivos, estas regatas serviram para treino do próximo fim de semana, em que se vai disputar a World Cup Open e DC 740 World Cup.
As tripulações aproveitaram para treinar, afinar barcos e corrigir erros tácticos.
Nestas provas, notou-se uma grande competividade, as embarcações no escalão de 6.10m a 7.40m estão com nivel muito acérrimo, em que a táctica e o não cometer erros é primordial.
Aparecem algumas surpresas agradáveis, o "Free" aparece a querer dar luta aos consagrados, o "Azul" mostra mais uma vez que a experiência de muitas horas na água se traduz em resultados, o "Old Navy" continua a afirmar-se um lutador com ventos acima da média, o "Volare" volta a mostrar como se veleja com ventos fracos a médios e como se defende com ventos fortes, fazendo recuperações extraordinárias, aliás como vem sendo hábito.
"Old Navy" DC 740 de quilha fixa
No sábado as coisas estiveram calmas, a regata teve uma distância de cerca de 10 milhas entre Vila Franca e a Ponte da Leziria, a primeira perna foi efectuada a bolinar com vento fraco, tendo-se assistido a uma luta renhida entre Old Navy, Nostrum, Volare, Free e Nau dos Corvos, tendo o Volare levado a melhor até á rondagem da bóia, fica para a posterioridade uma memorável ultrapasságem ao Old Navy por sotavento, com um pedido de espaço logo a seguir (inolvidável sem palavras).
A frota numa calmaria digna do Mar da Palha
Na rondagem as coisas complicaram-se, a popa raza pedia o balão, mas o nosso não estava lá (não temos), a partir daqui a luta foi entre as embarcações que tinham içado balão.
No domingo o cenário foi idêntico, mais uma vez partimos mal, vento fraco a cair gradualmente, de ultima embarcação a largar, fomos a primeira a chegar á boia de rondagem, e o vento vai-se na totalidade, a frota içava balão e ficava parada, nós em borboleta descaíamos na corrente, durante cerca de 20 minutos andou tudo ao papel, até que alguem a meu lado roga uma praga "venha vento para empandeirar os balões", nunca uma praga foi tão bem rogada, a ordem foi para desfazer borboleta que o gajo vem bruto.
A frota em nossa perseguição
Vem um NW bruto chegando a 25 e 27 nós de rajada, os balões ficam completamente desordenados, vem tudo para baixo a um largo dos bons proporcionado uma velejadela de luxo.
A boia de desmarque, mal colocada na margem Sul, não dá espaço de manobra para rizar a vela grande, opto por enrolar a genoa até aos 120%, somos obrigados a levar porrada, fico espantado como que o meu DC derivador se aguentou com aquela ventosga, o Delmar Conde (construtor)aconselha a passar a vela grande para o 1º rizo a partir dos 11 ou 12 nós, estavam 25 nós, e nós a levarmos com aquelas nozes todas no focinho, era mesmo muito fruto seco, mais inclinanço, menos inclinanço, sempre á defesa lá cortámos a linha de chegada, com o danado do "Free" no nosso alcance que se havia apercebido das nossas dificuldades.
Ficámos com o resultadão de um 5º Lugar Geral e 1º Sem Balão.
Acabada a regata alguêm ao meu lado me pergunta:
Fd-se, quanto custa um balão?
Nota: Para o próximo fim de semana vamos dormir para junto da bóia de largada, deste modo pode ser que consigamos largar ao mesmo tempo dos outros, digo eu, não sei.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Summer almost gone
Aproveitei para satisfazer a curiosidade e fui construir algumas páginas diárias do Almanaque Náutico.
Para dia o dia de hoje, á hora das fotos (15oo HMG), o Sol, astro rei, acusava uma Declinação de 6º.31,2 Norte.
No dia 21 de Junho, deu-se o Solsticio de Verão, ás o9oo HMG, o astro rei, atingiu a sua Declinação máxima 23º26,5 Norte, aí se manteve até ás 1600 HMG, ás 1700 já vinha por aí abaixo 23º26,4, sendo engraçado que no dia em que dizemos que começa o verão, de facto é quando se inicia a contagem decrescente para o seu fim.
Este ano o Equinócio vai-se dar no dia 22 de Setembro, ás 1500 HMG o Sol estará ainda no Hemisfério Norte com a Declinação 0º00,7 Norte, ás 16oo HMG já terá passado para o Hemisfério Sul com a Declinação de 0º00,2 Sul, entraremos na nossa estação de Outono.
Ponta Sul da Marina
O Fulô a navegar na sulada
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Apelo á Armada Alhandrense
Caberá a nós Alhandrenses demonstrar que o Alhandra e Alhandra sabem receber! Sabemos que esta regata já é um cartão de visita para quem vem de Lisboa com destino á nossa Alhandra, pelo que mais uma vez não podemos desiludir.
A Câmara Municipal de V.F.Xira, já se comprometeu em ser anfitriã da regata concedendo o jantar na Quinta Municipal de Sub-Serra.
Deste modo apelo a todos os Skippers d’Alhandra, que no dia 20 pelas 0800 (H Legal), soltem as amarras da nossa marina rumo a Belém.
Vamos descer a Cala das Barcas e chegar em frota ao Padrão dos Descobrimentos, demonstrando á capital que existe um clube de província com uma Armada ao mais alto nível.
A frota Lisboeta deverá juntar-se a nós e não podemos deixar de estar gratos àqueles que mesmo em Lisboa elevam o nome de e do Alhandra nas regatas da Capital.
Chamada Geral á Navegação
- Free - Azul
- Fulô - Caliope
- Nichu’s - Blue Dolphin
- Elejota - Barradas
- Old Navy - Nau dos Corvos
- Vaidevela - Bigareta
- Sheherazade - Falua (nice)
- Oceanus - Matisse
- Evaluna - Galileo
- Volare - Nostrum
- Snoopy - Falua
- Vaga - Talisca
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Alhandra e o Associativismo
Alhandra, neste momento tem grandes condições para a prática do desporto náutico, quiçá as melhores da bacia hidrográfica do Tejo, e não posso deste modo entender como o poder local está completamente alheio á nossa realidade, á realidade de uma vila como Alhandra, que deve ser a única em todo o Concelho de Vila Franca de Xira que ainda mantém o seu carisma.
Á medida que melhores condições o “Alhandra” vai tentando criar, menos apoios surgem das entidades oficiais e locais.
È um trabalho infrutífero que tem vindo a ser desenvolvido pelas sucessivas direcções deste clube, e ao qual o poder local não dá o respectivo e devido valor.
É de lamentar também, que certos sócios tenham apenas em mente manter acesas dissidências (muitas das vezes pessoais) que em nada beneficiam o Clube, desmotivando assim aqueles que em prol dele trabalham.
Com certo tipo de atitudes, só o clube é prejudicado e aqueles que vêem denegrido o seu trabalho e empenho em fazer algo de válido acabam por consequentemente desistir e voltar as costas.
Nunca nos podemos esquecer que mal ou bem, são pessoas que abdicam do seu tempo livre, muitas vezes de estar com a família e amigos, pondo ao dispor do clube o que têm de melhor para dar e todo o seu saber.
Foram, e são eles, directores, sócios e atletas que contribuíram, e ainda hoje contribuem para o engrandecimento do clube.
Dizer mal não custa, custa sim fazer melhor, custa dar opiniões válidas, e acima de tudo, ajudar na sua concretização.
Entristece-me ver aqueles que cresceram, tornaram-se atletas e representaram o clube ao mais alto nível, completamente esquecidos de toda uma formação desportiva e pessoal que contribuiu e os engrandeceu como homens, ficarem alheios ás necessidades do nosso clube, da nossa terra, dos nossos filhos, dos nossos netos, no fundo renegando a vontade e o contributo de fazerem o que outrora outros fizeram por eles e por nós .
Será que não deveríamos todos sentir o mesmo orgulho que eu sinto quando um amigo nos visita??
Eu sinto esse orgulho, e é com enorme prazer que mostro a nossa sala de troféus , a marina , o cais 14 e a zona ribeirinha , ex-líbris da minha “Alhandra” .
UMA REFLEXÃO
“O que seria de Alhandra sem o Alhandra!!!????”
terça-feira, 5 de agosto de 2008
A saga dos DC's 740
O Conde do Mar - Delmar Conde
"Virgo" o primeiro DC 740, construido em madeira
DC 730 "Planador IV", o nome diz tudo.
Hoje está envolvido no projecto de desenvolvimento da classe Vouga, uma classe nacional oriunda da Ria de Aveiro, já sairam duas unidades do seu estaleiro, construidas pelo método de construção directa em mousse de PVC revestida a PRVF, estando neste momento a fase de preparação do molde para as próximas unidades.
"Vouga", mais que um barco, uma obra de arte
Tambem á dois anos saiu do seu estaleiro o "Guilietta" um DC de 12 metros vocacionado para o cruzeiro familiar, tendo por molde o seu próprio barco o "Porto de Aveiro/Mike Davis", este sim, vocacionado para a competição.
"Giulietta" DC 1200 Cruzeiro
"Mike Davis/Porto de Aveiro" DC 1200 Regata, o seu barco
"Só estou bem dentro de água". Mais do que marinheiro, assume-se guerreiro de uma "luta constante entre o velejador, o barco e as condições atmosféricas". A guerra sobre a água é permanente. "Nenhum minuto é igual ao outro porque num segundo muda tudo". Sorri uma luz de mar, feita de pele tostada por muitos sois, feita de cabelo hirsuto, seco e fragilizado pelo vento e pelo sal das ondas. Nos olhos brilha o reflexo da luz sobre o oceano. "É um desafio ter sempre o barco preparado para atingir o máximo de rendimento". Também o espírito de Neptuno convém ter sempre a postos.
"Qualquer dia damos a volta ao mundo". Delmar Conde ri. Do cais olha para a água. Suspira. Não está ali. Já navega em alto mar.