terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um fim de semana em regatas

O fim de semana de 13 e 14 de Setembro foi palco de regatas na nossa vizinha Vila Franca de Xira, onde nós deslocámos uma frota de 14 veleiros, e outras tantas embarcações de vela ligeira.



Mais uma vez ficou demonstrado que em termos organizativos, não há nada que chegue aos calcanhares do nosso Staff, a falta de informação foi uma constante, mas pronto, no fundo acabou por correr relativamente bem, e o saldo foi mais ou menos positivo.

Em termos competitivos, estas regatas serviram para treino do próximo fim de semana, em que se vai disputar a World Cup Open e DC 740 World Cup.
As tripulações aproveitaram para treinar, afinar barcos e corrigir erros tácticos.

Nestas provas, notou-se uma grande competividade, as embarcações no escalão de 6.10m a 7.40m estão com nivel muito acérrimo, em que a táctica e o não cometer erros é primordial.

Aparecem algumas surpresas agradáveis, o "Free" aparece a querer dar luta aos consagrados, o "Azul" mostra mais uma vez que a experiência de muitas horas na água se traduz em resultados, o "Old Navy" continua a afirmar-se um lutador com ventos acima da média, o "Volare" volta a mostrar como se veleja com ventos fracos a médios e como se defende com ventos fortes, fazendo recuperações extraordinárias, aliás como vem sendo hábito.


"Old Navy" DC 740 de quilha fixa

No sábado as coisas estiveram calmas, a regata teve uma distância de cerca de 10 milhas entre Vila Franca e a Ponte da Leziria, a primeira perna foi efectuada a bolinar com vento fraco, tendo-se assistido a uma luta renhida entre Old Navy, Nostrum, Volare, Free e Nau dos Corvos, tendo o Volare levado a melhor até á rondagem da bóia, fica para a posterioridade uma memorável ultrapasságem ao Old Navy por sotavento, com um pedido de espaço logo a seguir (inolvidável sem palavras).

A frota numa calmaria digna do Mar da Palha

Na rondagem as coisas complicaram-se, a popa raza pedia o balão, mas o nosso não estava lá (não temos), a partir daqui a luta foi entre as embarcações que tinham içado balão.
No domingo o cenário foi idêntico, mais uma vez partimos mal, vento fraco a cair gradualmente, de ultima embarcação a largar, fomos a primeira a chegar á boia de rondagem, e o vento vai-se na totalidade, a frota içava balão e ficava parada, nós em borboleta descaíamos na corrente, durante cerca de 20 minutos andou tudo ao papel, até que alguem a meu lado roga uma praga "venha vento para empandeirar os balões", nunca uma praga foi tão bem rogada, a ordem foi para desfazer borboleta que o gajo vem bruto.

A frota em nossa perseguição

Vem um NW bruto chegando a 25 e 27 nós de rajada, os balões ficam completamente desordenados, vem tudo para baixo a um largo dos bons proporcionado uma velejadela de luxo.
A boia de desmarque, mal colocada na margem Sul, não dá espaço de manobra para rizar a vela grande, opto por enrolar a genoa até aos 120%, somos obrigados a levar porrada, fico espantado como que o meu DC derivador se aguentou com aquela ventosga, o Delmar Conde (construtor)aconselha a passar a vela grande para o 1º rizo a partir dos 11 ou 12 nós, estavam 25 nós, e nós a levarmos com aquelas nozes todas no focinho, era mesmo muito fruto seco, mais inclinanço, menos inclinanço, sempre á defesa lá cortámos a linha de chegada, com o danado do "Free" no nosso alcance que se havia apercebido das nossas dificuldades.
Ficámos com o resultadão de um 5º Lugar Geral e 1º Sem Balão.
Acabada a regata alguêm ao meu lado me pergunta:

Fd-se, quanto custa um balão?

Nota: Para o próximo fim de semana vamos dormir para junto da bóia de largada, deste modo pode ser que consigamos largar ao mesmo tempo dos outros, digo eu, não sei.

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