quarta-feira, 24 de setembro de 2008

EarthRace na Real e Mui Nobre Marina d'Alhandra

Alhandra "A Toireira", Filha do Tejo, mais uma vez na rota da História, a terra de Afonso de Albuquerque, Sousa Martins, Baptista Pereira, dos Esteiros, a minha terra e de quem gosta tanto dela como eu.

A embarcação a motor 'Earthrace' que fez a circum-navegação em apenas 60 dias esteve cá.

"A embarcação futurista Earthrace bateu em 27-06-08 o recorde mundial da volta ao mundo em embarcações a motor, um percurso de 25 mil milhas que cumpriu em sessenta dias, retirando precisamente duas semanas ao anterior máximo - 75 dias - estabelecido há dois anos pelo iate inglês Cable Wireless. E, num dia em que o barril de petróleo bateu também ele novos recordes, atingiu esse feito usando uma energia alternativa, o biodiesel, de uma empresa portuguesa, a SGC energia, da holding do empresário João Pereira Coutinho.

Com quatro tripulantes a bordo (um deles um engenheiro de ascendência portuguesa) e dois convidados rotativos, comandado pelo skipper neozelandês Pete Benthune, o Earthrace atravessou quatro oceanos, dois canais (Panamá e Suez), e os cinco continentes, promovendo a difusão do novo carburante como forma mais veloz de navegação e amiga do ambiente. Em terra ,a equipa de apoio era de apenas quatro elementos, com outros tantos na base em Londres. Exactamente 60 dias depois da partida, juntaram-se todos de novo no Porto de Valência com a respectivas famílias, para fazer a festa com champanhe e charutos. Pelo recorde e pelas boas notícias: depois de dois meses no mar houve mesmo um pedido de casamento e a alegria de estar um bebé a caminho.
"O ponto de viragem foi Singapura, depois de termos perdido o motor e termos de fazer um desvio até à Malásia para o arranjar", contava Pete à chegada ao seu principal patrocinador, João Pereira Coutinho, um velejador de renome, que pela primeira vez viu ao vivo o "brinquedo" que patrocina.

Apesar de ser impossível suportar o cheiro do interior e atravessar a desarrumação ("somos homens e foram dois meses", contou Pete), Pereira Coutinho terá tempo nos próximos dois anos, o tempo que o barco estará em Portugal (Portimão, primeiro, Lisboa, depois), onde testará novos biocombustíveis da SGC (o actual é feito à base de girassol português, soja brasileira e purgueira moçambicana), apostando noutras matérias como as algas e... o lixo."

DN 28.06.08