

Ao meu avô que me levava para o rio, aos meus pais que sempre me deixaram ir para o mar.
Hoje de manhã também foi dia de chegar o barco "á frente", como é normal todos os anos, em vez de andar a levantar o barco com macacos e prumos de andaime e outras macacadas, aproveito o final do treino do pessoal da canoagem, assim como a presença de outros "armadores" presentes, e com uma vintena de "macacos" a fazerem força á volta do barco, um, dois, três, levanta-se o animal e chega-se á frente, para assim se poder pintar as partes que apoiavam no berço.
Para todos os que estiveram presentes na manobra desta manhã, o meu agradecimento, para aqueles que não quiseram ajudar, o meu obrigado, por não terem estorvado (hoje houve distribuição de barretes).
Aproado á Cala das Barcas
Aproximação á Bóia nº5 com Alhandra na proa.
O "Blue Seven" n'Alhandra
O entardecer na Cala das Barcas
Chegada á Marina do Parque das Nações
Esta pequena viagem serviu-me também para tirar algumas conclusões, elações, e duvidas que têm surgido, nomeadamente no que respeita á funcionalidade do sistema de comportas, assoreamento da bacia da marina e navegabilidade da Cala das Barcas.
A minha opinião vale o que vale, mas é a seguinte:
Sistema de comportas - Não é funcional nem prático, neste momento a comporta de EB está avariada, fazendo com que o movimento de marés se faça apenas pela de BB, o que provoca uma corrente de cerca de 3 a 4 nós, que pode apanhar desprevenidos os mais incautos.
Assoreamento - Conforme havia previsto, está a acontecer, ainda não passaram dois anos após a re-inauguração, onde toda a bacia foi dragada, e já os pontões que se encontram junto a terra estão a seco no Baixa Mar, inclusive já é visível algumas "ilhas" de lama em zonas pontuais. Certo que a maré de hoje era de .20m acima do ZH, mas não era suposto isto acontecer, inclusive algumas embarcações tentaram sair no inicio da enchente e encalharam logo á saída.
Cala das Barcas - Completamente navegável, saímos da Marina com uma hora de enchente, cumpri os way points que já aqui publiquei anteriormente, seja, cumpri integralmente a balizagem, subimos ainda com os cabeços de ostra visíveis, e tivemos fundo navegável em todo o percurso, mesmo no pontos criticos (bóia 1 e 1A), nunca tive menos de 2,20 m de sonda á hora, inclusive a bóia nº 5, junto ao bico Norte do Mouchão da Póvoa, é nova.
Cumpra-se a balizagem e só encalha quem quer.
(Tenho um livro cá em casa que explica como se cumpre a balizagem, posso emprestar, barato)