segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aqui vou ser feliz !!!!!!!!

Mais um sábado, Mui Nobre e Real Marina d'Alhandra, como sempre nestes dias chego por volta da 10 horas, penso para com os meus botões, "bela manhã de verão", dirijo-me para o NV Volare, qual ritual diário, reparo que num lugar contiguo ao meu, noutro barco, o proprietário encontra-se a bordo, sentado á proa, olhar fixo em frente, para Norte, head-phones do MP3 ou 4, em transe quase profundo, está a meditar, penso.
Abro o barco e deito-me tambem á proa a aproveitar os raios provenientes do deus Hélius.
De repente sou surpreendido por um grito do meu vizinho a plenos pulmões:
"AQUI VOU SER FELIZ"
A primeira coisa que me vem á cabeça é "olha, outro", mas entretanto chega a minha vez de meditar, que realmente ali sou feliz, ali e em qualquer sitio sempre fiz por ser feliz, sempre fiz as minhas viagens em busca de felicidade, claro que nem sempre esse objectivo foi alcançado, cada dia que passa nos deixa marcas, marcas que vão ficando do passado e que vamos tentando esquecer no dia a dia.
Será que quem nos rodeia se preocupa minimamente tambem em nos compreender e principalmente tambem em ser feliz?
Da proa do meu barco, olho para a água, sinto o vento, invejo a vida e a cor que eles têm, rompendo por terras em busca de uma liberdade.

Mais uma vez penso que "certos pássaros não podem estar presos...", vá-se lá saber porquê?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Roteiro d'agua acima - As imagens

De Alhandra (A Toireira), 38º 55’ 714 N 009º 00’ 299 W até Valada do Ribatejo 39º 04’ 909 N 008º 45’ 444 W

A pedido de várias familias, respectivas esposas e amantes (que estas nunca se cruzem), aqui está ele, especialmente dedicado aqueles abaixo indicados.
Roteiro d'agua acima para navegadores d'agua doce

A elaboração deste roteiro foi efectuada de modo a proporcionar uma navegação o mais segura possível a quem não for conhecedor dos fundos navegáveis neste percurso.

Uma vez que o mesmo não se encontra balizado deveremos seguir sempre as proas recomendadas, deverão sempre ser tomadas todas a precauções para navegação em águas sujas*, deste modo a embarcação deverá estar equipada com sonda*, o alarme deverá soar aos 3,00 metros.

É normal vermos em Valada embarcações que calam cerca de 2,00m e ás vezes um pouco mais, o que requer um pouco mais de atenção na navegação, principalmente na vazante em que o mínimo descuido poderá resultar em encalhe.

Não será de desprezar os rumos praticados pelas embarcações de exploração de inertes que praticam (ou praticavam) esta zona do rio, sendo esta acção mais acentuada junto a Valada.

A hora de saída de Alhandra deverá coincidir com o início da enchente, tendo em conta que a distancia a Valada é de aproximadamente 18 milhas náuticas,* a velocidade média da corrente na enchente é de aproximadamente 1 nó* (1,8 na vazante), a velocidade verdadeira da nossa embarcação será de aproximadamente 6 nós, temos viagem de cerca de 3 horas pela frente, uma vez que a distancia será de aproximadamente 18 milhas náuticas.

As coordenadas referidas neste roteiro, foram retiradas de GPS com Datum WGS 84.

Para se efectuar o percurso no sentido de montante para jusante, não nos poderemos esquecer de somar os respectivos 180º ás proas indicadas.

De Alhandra a Vila Franca de Xira

Este inicio de viagem não tem nada de problemático, apenas não devemos aproar à margem sul uma vez que existe um cabeço de areia em frente à unidade da Marinha, a navegação deverá ser efectuada com um resguardo de cerca de 30 metros à margem norte e até meio do rio, a fim de evitarmos o cabeço atrás mencionado.

Se não fizermos intenção de atracarmos em Vila Franca de Xira (marina em frente ao Jardim Municipal) poderemos aproar ao 2º ou 3º vão da ponte, neste caso a nossa opção foi o 3º vão ou seja o vão do meio.

Pt de V.F.Xira Ponto 1 = Lat: 038º 57’ 367 N Long: 008º 58’ 745 W
A sonda á hora* neste local no inicio da enchente é de cerca de 9 metros.

Da Ponte de V.F. Xira à Vala Real (Azambuja)

Apesar de esta parte do percurso ser toda efectuada junto à margem norte, iremos dividir o percurso em pequenas etapas para uma melhor visualização e reconhecimento.

Da ponte de V.F. Xira à 1ª Curva da margem norte iremos aproar a esta ultima prevendo um resguardo de 30 a 50 metros, navegando a uma PV= 055, encontraremos sondas na ordem dos 8,50 metros, no entanto estas sondas vão-se alterando e ao passarmos nos primeiros cabos de AT encontramos 7,00 metros, nos segundos cabos 4,50 metros, 3,50 e 3,00, nos terceiros cabos as sondas voltam a subir para os 3,5m e 4,00 metros.
A aproximação á curva não deverá ser em linha recta, antes da curva, o leito está assoreado, dá para passar com sondas na ordem dos 2,00 metros , mas convêm manter um rumo mais um pouco chegado a meio rio e só então nos dirigimos para as coordenadas indicadas.

1ª curva Ponto 2 = Lat: 38º 57’ 927 N Long: 008º 57’ 672 W

Da 1ª à 2ª curva da margem Norte, navegamos a uma Pv= 029 e voltamos a encontrar sondas na ordem dos 8,00 metros, não baixando dos 6,50 metros.

2ª curva Ponto 3 = Lat: 39º 59’085 N Long: 008º 56’ 879 W

Navegamos junto à margem Norte com um resguardo de 30 a 50 metros, ao chegarmos ao ponto assinalado, podemos visualizar na margem o poste da Emissora da Castanheira do Ribatejo, continuamos com o mesmo resguardo junto à margem Norte até encontrarmos o cais em frente ao poste da emissora da Castanheira, onde encontraremos sondas na ordem dos 5,00 e ,5,50 metros.
Mantendo o mesmo resguardo à margem Norte, avistamos o próximo ponto de referência que é a Central Termoeléctrica do Carregado.
Neste até á central do carregado navegamos a uma Pv = 015 mantendo o resguardo

Iremos encontrar sondas na ordem dos 8,50 e 9,00 metros, a sonda mais baixa que registamos foi de 7,00 metros, ao passarmos pela central, na ponte da Lezíria foi de 9,00 metros.
Na Vala do Carregado encontramos um pequeno cais flutuante para acostagem, uma zona ribeirinha totalmente remodelada com parque de merendas, instalações sanitárias e um bar onde podemos tomar um cafezinho antes de seguirmos viagem.

Devemos seguir viagem sempre junto à margem Norte, mantendo os resguardos recomendados, até aos cabos de AT que atravessam o rio para a margem sul, a travessia deverá ser efectuada por baixo dos mesmos.

Vão da Ponte, Ponto 4= Lat: 39 º00 ’006 N Long: 008º 56’ 259 W

Até aos cabos de AT , local onde efectuaremos 1ª travessia para a margem sul, encontramos sondas na ordem dos 6,50 e 7,00 metros.
Coordenadas do inicio da travessia:
Ponto 5= Lat: 39º 01’ 805 N Long: 008º 54’ 270 W


Chegada á margem Sul: Ponto 6 Lat: 39º 01’ 791 N Long: 008º 53’ 701 W

Nesta fase do percurso e à medida que nos aproximamos dos cabos de AT, podemos optar por fazer a travessia para a margem Sul, ou efectuar uma visita à Vala Real de Azambuja e fazer uma paragem no cais flutuante instalado frente às ruínas do palácio, para esse efeito só temos que seguir em frente junto à margem Norte, de modo a não encalharmos no cabeço de areia existente em frente do bico do mouchão.
A vala não é navegável em condições de segurança para alem do cais, os fundos andam na ordem de 1,50m na baixa-mar e temos que tomar atenção ao troncos que costumam vaguear por aqueles lados.


Da Vala Real de Azambuja a Salvaterra de Magos


A partir da Vala Real de Azambuja, a nossa navegação terá que ser mais cuidada e como tal teremos que ter atenção redobrada a fim de não sairmos das calas indicadas.

Teremos que efectuar algumas travessias do rio a fim de navegarmos sempre pelo canal de navegação.

Margem Sul, Ponto 6, a partir daqui navegamos à Pv= 095 até ao Ponto 7 com as coordenadas: Lat: 39º 01’ 726 N Long: 008º 52’ 074 W, onde aproamos novamente a margem Norte, (travessia para o Lacinho) Pv= 081, encontramos fundos entre os 6,50 e 9,00 metros.

Lacinho Ponto 8 Lat: 39º 01’ 841 N Long: 008º 51’ 637 W
Após chegarmos a este ponto voltamos novamente para a margem Sul
Pv= 102, acima do mouchão do Malagueiro.
A passagem será efectuada à Pv= 105 e encontraremos sondas entre os 8,50 e 7,00 metros, o ponto de chegada á margem Sul terá as seguintes coordenadas:
Ponto 9 = Lat: 39º 01’ 685 N Long: 008º 50’ 663 W

Deste ponto e até Salvaterra, a navegação será sempre junto à margem Sul com um resguardo de 40 a 60 metros.
Desde o ponto em que chegamos à margem Sul, vindos do Lacinho, e até á Vala de Salvaterra, navegamos sempre mais junto á margem Sul, onde encontramos sondas entre os 8,00 e os 12,00 metros, como dissemos anteriormente devemos navegar junto à margem e manter com um resguardo de 50 metros ou um pouco mais.
A navegação terá de ser cuidada, devido a se começar a acentuar a presença de bóias e redes de pesca, assim como esporões de pedra junto à margem.

Vala de Salvaterra Ponto 10 = Lat: 39º 01’ 879 N Long: 008º 48’ 902W

Da Vala de Salvaterra a Valada do Ribatejo

Recta final do percurso até Valada, atenção redobrada uma vez que termos que voltar às travessias de uma margem para outra.

Da entrada da Vala apontamos à extremidade Norte do Mouchão da Casa Branca, na margem Norte do rio,) onde se situa a aldeia avieira do Lezirão, navegação à Pv= 007 até nos encontrarmos a um resguardo de 30 metros da margem Norte e visualizarmos a aldeia, esta travessia é efectuada com sondas entre os 5,50 e os 6,50 metros.

Aldeia aviera do Lezirão Ponto 11= Lat: 39º 02’ 660 N Long: 008º 48’ 677 W

A partir deste ponto poderemos navegar sempre junto à margem norte até passarmos os
cais dos batelões (Quinta das Areias,Ponto 12), neste percurso encontramos sondas entre os 7,50 e 13,00 metros.
Ponto 12 = Lat: 39º 03’ 141 N Long: 008º 48’ 146 W

(A partir do ponto 11, também nos podemos dirigir para o Ponto 12 A = Lat: 39º 03’ 265 N Long: 008º 47’ 903 W )


Após passarmos os batelões, no ponto 12 ou 12 A, voltamos a atravessar para a margem Sul, Pv= 091, encontramos sondas entre 6,00 e 8,00 metros neste percurso, até ao ponto 13
Ponto 13 = Lat: 39º 03’ 354 N Long: 008º 46’ 956 W

Após a chegada à margem Sul, navegamos à Pv= 062 junto à margem com um resguardo de cerca de 30 metros até passarmos em frente ao cais da Palhota, neste percurso encontramos fundos entre os 6,50 e os 5,00 metros.
Cais da Palhota Ponto 14 = Lat: 39º 03’500 N Long: 008º 46’ 475 W

Do cais da Palhota, navegamos à Pv= 058, deixamos pelo nosso BB uma bóia vermelha, Ponto 15 = Lat: 39º03’ 783 N Long: 008º 45’ 947 W, até apanharmos o Ponto 16 = Lat: 38º 03’ 896 N Long: 008º 45’ 798 W, que fica no enfiamento do canal as 2 ilhas, definido pelo pinheiro da margem Sul e o batelão encalhado na margem Norte.
No que respeita a sondas, a zona do cais até á bóia é a mais problemática e teremos de ter atenção redobrada, começamos com cerca de 7,00m no cais da Palhota, baixando até picos de 2,00m conforme nos vamos afastando do cais e aproximando da bóia, para subir novamente para os 4,50 e 5,00m no canal.

Do cais da Palhota navegamos à Pv= 055 até entrarmos no enfiamento do pinheiro na margem Sul e o batelão encalhado na margem Norte, este enfiamento define o canal navegável até à margem Norte, a partir do batelão e com um resguardo aproximado de 30 metros navegamos até Valada.

Podemos no entanto fazer uma visita à aldeia do Escaroupim, para isso basta seguirmos sempre junto à margem Norte a partir do cais da Palhota, tem cais de atracagem, no entanto na baixa-mar só é praticável para embarcações de fundo raso.

Em Valada, as opções de atracar ou fundear são diversas:
Podemos ficar numa das ilhas, fundear frente à praia ou atracar no pontão flutuante (se houver lugar disponível), este pontão não possui energia eléctrica nem agua potável, pelo que teremos que nos prevenir pelo menos a nível da energia com painéis solares ou geradores, para termos água bastará andarmos uns metros munidos do respectivo jerrycan para abastecimento da embarcação.

A Vila tem mercado, talho, peixaria, mercearia, posto de combustível e alguns restaurantes e bares, pelo que não há a necessidade de levarmos a embarcação a abarrotar. No parque de merendas existem instalações balneárias com duches.

A Vila de Valada do Ribatejo é aquele sítio onde podemos gozar de alguns dias de descanso, não tem muito para nos oferecer como estância de férias, mas se o que nos interessa é descansar, viemos ao sítio certo.

Dicionário de Termos Náuticos utilizados:

Àguas Sujas – Zonas de navegabilidade duvidosa.
Amarração – Acto ou efeito de amarrar uma embarcação.
Ancorar – Largar a ancora para o fundo com a sua amarra para segurar o navio. Lançar ferro. Largar ferro.
Ancoreta – Barrilzito chato, usado nas embarcações miúdas, como depósito de agua para beber.
Aproar – Pôr a proa ao rumo, ao vento, ao mar ou á corrente.
Atracar – Encostar um dos bordos a outro navio ou a um cais e aguentá-lo nessa posição por meio de cabos passados para esses objectos.
Baixa-Mar – Maré baixa. Fase de maré em que esta atinge o seu nível mínimo, mínimo de altura de maré vazante. Fim da vazante.
Batelão – Grande embarcação, por vezes sem propulsão própria, destinada ao transporte de grandes pesos.
Cabeço – Peça de ferro/aço presa ao pavimento de um navio ou cais para dar a volta aos cabos. Banco de areia ou lama e de pouca sonda e que fica a descoberto nalguma extensão.
Cala – Passagem entre baixios.
Calado – Altura de água necessária para a embarcação navegar livremente.
Canal (de navegação) – Passagem estreita entre duas costas, ilhas ou rochedos com sonda e largura suficiente para navegação. Parte mais funda de um rio, estuário, etc.
Coordenadas (Terrestres) – Têm por plano principal o equador terrestre e por origem
o primeiro meridiano, servem para representar um ponto na Terra. São Latitude e Longitude. Coordenadas geográficas terrestres
Enfiamento – Duas ou três marcas que, em linha dão a direcção de um canal, ou marcação livre de perigos em navegação perto de costa e entrada de portos.
Esporão – Construção de materiais sólidos, estendendo-se de terra para o mar, para
proteger a costa ou forçar a corrente.
Ferro de Fundear – Ancora
Fundear - Ancorar
Jusante – Lado da foz em relação a qualquer ponto do rio.
Milha Náutica – Comprimento médio do arco de um minuto do meridiano terrestre, 1.852 Metros.
Montante - Lado da nascente do rio.
Nó – Unidade de velocidade equivalente a milhas marítimas por hora, velocidade de Navios, correntes ou vento. Entrelaçamento de cabos para os unir entre si.
Patilhão – Peça metálica ou de madeira que desliza em abertura numa caixa montada no interior da embarcação sobre a sobrequilha, pode subir e descer através desta. Podem ser fixos, móveis ou de arriar, os denominados fixos estão fixos á quilha. Serve para diminuir o abatimento quando se veleja com vento para vante do través, alem de aumentar a estabilidade de peso, rumo e plataforma.
Preia-Mar – Maré-cheia. Máximo de altura de altura atingida na maré enchente.
Proa – Parte anterior do navio, mais especialmente acima da linha de água. Ângulo de Rumo.
Pontão – Plataforma flutuante sem propulsão, serve para amarrações.
Pv – Proa Verdadeira, ângulo entre o meridiano verdadeiro e o plano longitudinal da Embarcação.
Resguardo – Distância de segurança.
Rumo – Direcção correspondente a uma das 32 direcções ou 360 graus da rosa-dos-ventos. Direcção que o navio segue na viagem, isto é o ângulo referente á direcção do movimento do navio em relação á superfície ou fundo do mar. Os rumos contam-se a partir do Norte no sentido retrógrado de 0º a 360º.
Sonda – O que serve para sondar ou medir a profundidade no mar.
Sonda á hora – Sonda (altura total de água) num dado instante.

*
A todos que com as suas deslocações a Valada contribuíram para a elaboração deste Roteiro, fica aqui o obrigado.
Do mesmo modo contamos sempre com a sua colaboração sempre que for detectada alguma alteração ás calas aqui indicadas ou qualquer outro perigo para a navegação.

Elaborado em Agosto 2006
Ultima actualização em Abril 2009

Autoria: João Manuel Rodrigues (N.V.Volare)
Colaboração: Marco Santos (N.V.Oceanus), Carlos Boloca (N.V.Galileo), Daniel Cavaleiro (N.V. Sheherazade).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Por água acima, mais uma vez

E mais uma vez lá fomos de fim de semana rio acima, sem bichas (leia-se filas) na 25 de Abril, sem preocupações de estacionamento, etc, etc.
Nortada bem fresca e desagradável pela proa, que nos permitiu apenas a velejada de 1/3 do percurso, mas logo que passamos a ilha dos cavalos, encontramos logo outro clima, o rio alcantilado no meio dos salgueiros e á revessa da vila, encontra sempre um clima ameno e deveras agradável.Adicionar imagem

Este veio de Cascais para a revessa dos salgueiros

O Fulô vai de saída




O Leonora tá de chegada

Isto não deita água

No pontão, a anarquia tá e continua instalada

Um pequeno descuido

No domingo largámos amarras de Valada ás 15 30 h, o vento proporcionou uma boa velejadela até termos a vala de Salvaterra pelo través de BB, a partir daí veio pelo focinho, bruto que nem uma porta, obrigando a reduzir pano e a levar porrada até á zona dos cabos de AT.

A partir daqui foi a um largo rasgadinho até á Alhandra, onde aportámos na nossa Real e Mui Nobre Marina, pelas 19 30 h.

Daqui a 15 dias há mais.

domingo, 12 de julho de 2009

De Baiona a Aveiro

Integrados na Regata das Rias Baixas, a tripulação do NVV Véronique foi convocada a comparecer em Aveiro a fim de se deslocar a Baiona “A Real”, para deste modo fazer regressar a embarcação ao seu porto seguro, o trapiche da AVELA, junto á Lota Velha em Aveiro, por incompatibilidades profissionais o nosso Veiga não nos faria companhia.
Em sua substituição, pedi autorização ao armador para me fazer acompanhar de um estreante nestas andanças, o Jorge, deste modo a tripulação seria composta pelo autor destas linhas, o Julio Quirino, o Eugénio e o Jorge.
Pelas 1730 hora de Aveiro saímos de mini-bus com destino a Baiona, onde chegaríamos pelas 2030 hora local.
Largámos a bagagem no barco, fizemos os comprimentos de cortesia com os nossos companheiros de frota que nos aguardavam, Cmdt César “Wacapoo”, Cmdt Licas “Zurk”, Cmdt Machadinho “Bruma II”, Cmdt Chico Albino “Snoopy”, Cmdt Berna “Tibariaf II”, Cmdt Delmar “Mike Davis” e fomos tratar de uma mariscada.
O jantar correu como o previsto, bem regado com o Cmdt Machadinho a fazer as honras da casa, a perder de vista o telemóvel durante o jantar e obrigar o dono da Tasca a fazer uma excursão até ao “El Capitan” para lhe entregar o respectivo.
Daqui seguimos a uma visita ao famoso bar fetiche do nosso Veiga, “Mar y Arte”, onde malhámos um gin á saúde do mesmo, fomos avisados que o resto da frota estava no “El Capitan”, e lá nos juntámos em flotilha cerrada em frente daquele carismático bar de Baiona, onde bebemos mais um gin á saúde do nosso Veiga.
A partir deste momento, perdi um pouco o controle da situação e dei por mim a aterrar no beliche de EB para só acordar de manhã.
Sexta-feira dia 9, partida foi adiada para as 1800, de acordo com este planeamento entraríamos na barra de Aveiro entre 18 a 24 horas depois, durante a enchente, situação ideal.
Saímos da baia de Baiona á hora marcada com vento fraco pela proa, 2 horas depois ainda estávamos junto ao cabo Sileiro, Delmar Conde, a bordo do Mike Davis, já havia informado via rádio que se encontrava neste local sem vento.
A opção foi de ligar motor para ajudar, e deste modo lá viemos para terras do Condado Porucalense.
O mar encontrava-se de vaga curta pela alheta de EB, algo desencontrado e desordenado, digamos que um tanto ou quanto chato, e assim se manteve pela noite fora, anoiteceu escuro, depois apareceu a lua e um imenso luar, para ás 0300 dar lugar a um intenso nevoeiro, que me obrigou a ficar no radar até ao amanhecer, mais por fora o Zurk, Bruma II, Tibariaf II e o Casvic comunicavam que estava tudo bem a bordo e ainda não tinha entrado no nevoeiro.
Entretanto via rádio tomava-se conhecimento que o o navio patrulha “NRP Cacine” saía em auxilio do Cmdt César que havia ficado com o hélice do Wacapoo preso numa rede, como não havia perigo de vida a bordo, a marinha portuguesa não teve autorização para prestar auxilio em termos de reboque, o Tibariaf II comunica que segue para a posição do Wacapoo que face á avaria se viu forçado a arribar á Póvoa de Varzim.
Passávamos Leixões ao amanhecer e o mar começava a ficar azeite, para assim se manter até á chegada a Aveiro.
Pelas 1400 entrávamos a Barra da Veneza Portuguesa, 45 minutos depois entregávamos o Véronique ao seu Armador que nos esperava impacientemente em cima do trapiche.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Colete Encarnado - As imagens

Festas Colete Encarnado

O fim de semana de 4 e 5 de Julho foi de festa brava na vizinha e Notável Vila Franca de Xira, ou seja, esperas de touros, touradas, concertos, tertulias, muita gente na rua e muitos barcos na Marina, pelo menos nestes dias a marina dos nossos vizinhos fica composta.
Barcos Tipícos, varinos, canoas, botes, catraios, vieram do Barreiro, Moita, Seixal e dos Sarilhos, e deram um colorido muito especial ás águas taganas de arriba Tejo.
Da Mui Nobre e Real Marina d'Alhandra veio o Gaivota Branca, qual tasca flutuante algures tipo refeitório, depois lá apareceu o Volare e o Oeste II, a Nau dos Corvos andava á nossa procura e ainda apareceu a horas do almoço, o Nichu's apareceu timido, o Lemanjá ligou a saber se havia lugar para ele, e como nestas coisas há sempre lugar para mais um, ainda veio a tempo de apanhar o comboio, abriu a garrafeira e as coisas ficaram compostas.
Depois de jantar ainda apareceu o Beagle, a tripulação não habituada a estas andanças, perdeu-se no meio da vila (agora cidade), imediatamente foi organizada uma operação de resgate, foram encontrados junto a uma banca de bifanas, pelo menos de fome não morriam.
A noite lá acabou com a Susana a cantar, outros a cantar o fado e os convidados do Lemanjá a cair ao rio como tordos depois de levarem com chumbo grosso.
No domingo de manhã, não muito cedo,o pessoal acordava e tirava azimutes sobre azimutes para saber a posição mais ou menos exacta, mas o sol encandeava, (tava baixo, diziam) e fazia doer á cabeça.
Pela hora da passagem meridiana do sol em VFXira, os barquinhos regressaram a porto seguro.