domingo, 12 de julho de 2009

De Baiona a Aveiro

Integrados na Regata das Rias Baixas, a tripulação do NVV Véronique foi convocada a comparecer em Aveiro a fim de se deslocar a Baiona “A Real”, para deste modo fazer regressar a embarcação ao seu porto seguro, o trapiche da AVELA, junto á Lota Velha em Aveiro, por incompatibilidades profissionais o nosso Veiga não nos faria companhia.
Em sua substituição, pedi autorização ao armador para me fazer acompanhar de um estreante nestas andanças, o Jorge, deste modo a tripulação seria composta pelo autor destas linhas, o Julio Quirino, o Eugénio e o Jorge.
Pelas 1730 hora de Aveiro saímos de mini-bus com destino a Baiona, onde chegaríamos pelas 2030 hora local.
Largámos a bagagem no barco, fizemos os comprimentos de cortesia com os nossos companheiros de frota que nos aguardavam, Cmdt César “Wacapoo”, Cmdt Licas “Zurk”, Cmdt Machadinho “Bruma II”, Cmdt Chico Albino “Snoopy”, Cmdt Berna “Tibariaf II”, Cmdt Delmar “Mike Davis” e fomos tratar de uma mariscada.
O jantar correu como o previsto, bem regado com o Cmdt Machadinho a fazer as honras da casa, a perder de vista o telemóvel durante o jantar e obrigar o dono da Tasca a fazer uma excursão até ao “El Capitan” para lhe entregar o respectivo.
Daqui seguimos a uma visita ao famoso bar fetiche do nosso Veiga, “Mar y Arte”, onde malhámos um gin á saúde do mesmo, fomos avisados que o resto da frota estava no “El Capitan”, e lá nos juntámos em flotilha cerrada em frente daquele carismático bar de Baiona, onde bebemos mais um gin á saúde do nosso Veiga.
A partir deste momento, perdi um pouco o controle da situação e dei por mim a aterrar no beliche de EB para só acordar de manhã.
Sexta-feira dia 9, partida foi adiada para as 1800, de acordo com este planeamento entraríamos na barra de Aveiro entre 18 a 24 horas depois, durante a enchente, situação ideal.
Saímos da baia de Baiona á hora marcada com vento fraco pela proa, 2 horas depois ainda estávamos junto ao cabo Sileiro, Delmar Conde, a bordo do Mike Davis, já havia informado via rádio que se encontrava neste local sem vento.
A opção foi de ligar motor para ajudar, e deste modo lá viemos para terras do Condado Porucalense.
O mar encontrava-se de vaga curta pela alheta de EB, algo desencontrado e desordenado, digamos que um tanto ou quanto chato, e assim se manteve pela noite fora, anoiteceu escuro, depois apareceu a lua e um imenso luar, para ás 0300 dar lugar a um intenso nevoeiro, que me obrigou a ficar no radar até ao amanhecer, mais por fora o Zurk, Bruma II, Tibariaf II e o Casvic comunicavam que estava tudo bem a bordo e ainda não tinha entrado no nevoeiro.
Entretanto via rádio tomava-se conhecimento que o o navio patrulha “NRP Cacine” saía em auxilio do Cmdt César que havia ficado com o hélice do Wacapoo preso numa rede, como não havia perigo de vida a bordo, a marinha portuguesa não teve autorização para prestar auxilio em termos de reboque, o Tibariaf II comunica que segue para a posição do Wacapoo que face á avaria se viu forçado a arribar á Póvoa de Varzim.
Passávamos Leixões ao amanhecer e o mar começava a ficar azeite, para assim se manter até á chegada a Aveiro.
Pelas 1400 entrávamos a Barra da Veneza Portuguesa, 45 minutos depois entregávamos o Véronique ao seu Armador que nos esperava impacientemente em cima do trapiche.

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