domingo, 10 de janeiro de 2010

Frio, chuva e bons ventos

Como vem sendo normal, os domingos começam a ser dia de S. Blue Seven, hoje não foi excepção, apesar do frio, muito, que se fazia sentir nas cercanias do Mar Da Palha e de uma chuva que ameaçava chegar, também muito fria, digamos que gélida, eu o o Rui não faltamos á nossa chamada, apesar de, por motivos de agenda não conseguirmos almoçar a bordo, era próximo das 15 horas quando saímos as comportas da Marina do Parque das Nações para mais uma velejadela.
Digamos que foi talvez a melhor velejadela que já demos no Blue Seven, quanto mais conhecemos este barco mais ele nos surpreende, eu que estava receoso quanto aos Bavaria, não tinha escutado grandes opiniões e o que tinha ouvido não era grande coisa, mas também sabemos que o Genuíno Madruga deu duas voltas ao mundo num Bavaria 36, irmão deste, logo não poderia ser mal de todo.
Desde o primeiro dia que pegámos nele, ficámos admirados com o seu comportamento, fomos buscá-lo a Oeiras e o tempo não estava para meiguices, a partir desse momento, vimos que tínhamos barco.
Desde então temos andado em testes de mareações e afinações, testamos comportamentos e o resultado não pode ser melhor, a partir do momento em que se consegue afinar e obter o equilíbrio na mareação, temos barco.

A tarde começava com um ventinho de SE de 13/15 nós, com o Rui ao leme e comigo nas manobras de cabos e no piano, afim de me ambientar também ás afinações do barco, normalmente a cargo do Rui.

Rapidamente a tendência do vento foi para aumentar de intensidade, situando-se entre 19 e 20 nós, alcançando por vezes os 23, a tendência a bordo também foi a minha passagem para o leme ficando o Rui na manobra e nas afinações, a maré vazante fazia-se sentir com muita intensidade, as bolinas eram trabalhosas e até alcançarmos o canal do Alfeite a progressão era penosa, a partir de certa altura perdi de vista o Rui que contrariando as leis da gravidade, conseguiu fazer um chá bem quente, a partir desse momento as coisas ficaram um pouco mais fáceis e foi um bordo directo até ao Parque das Nações, onde chegámos juntinho ás 19 horas.

O dia acabou comigo a tomar um grande duche a escaldar nos explendidos balneários da marina, apenas fui interrompido pelo marinheiro de serviço que estranhando a minha demora foi á minha procura, não me tivesse acontecido alguma coisa má no duche.

2 comentários:

SóClássicas disse...

Grandes marinheiros, e grande barco. Espero um dia destes poder acompanhar a ilustre tripulação numa das suas velejadas nesse tenebroso Mar da Palha. Já conheço razoavelmente o BS de velejadas no passada e estou muito curioso para ver o que dois prós, o comandante Rui e o comandante Tokatoka, conseguem fazer com essa maravilha. Votos que continuem com esse espírito. A manter-se ele ainda vai mesmo à Sidney-Hobart!

João Manuel Rodrigues disse...

A Sidney - Hobart? Que é isso comparado com uma travessia do Tenebroso Mar da Palha?

João