terça-feira, 16 de junho de 2009

Fim de semana grande

A semana 24 do corrente mês apresentava-se como a semana perfeita para uma saída de barco rio acima ou abaixo, 2 feriados e uma ponte seguidos do respectivo, o inesperado acontece, sou acossado por uma tendinite no pulso esquerdo, duas idas ao hospital de VFX, vulgo matadouro municipal, R X, injecções na peida e mete gelo.
Adiei a saída da Real e Mui Nobre Marina d'Alhandra por 2 dias a ver se as coisas melhoravam, e lá saímos na sexta á tarde rio acima, em desespero de causa (devido á minha lesão), tive optar por uma navegação mista á vela e a motor, contribuindo deste modo para o enriquecimento das petroliferas.
O Fulô já ia a meio caminho de Valada quando comuniquei a minha saída, o tempo apresentava-se bastante apetecível, a viagem fez-se sem incidentes, de salientar que com a ausência dos areeiros, a navegação torna-se mais perigosa no troço entre Salvaterra e o Escaroupim devido ao proliferar das redes de meixão, a fiscalização continua existente.
Mas lá chegamos ao nosso destino, ao pontão da anarquia, a Vila de Valada continua na mesma, ou seja infra-estruturas de apoio continuam a não existir, nem água nem electricidade, tirando aqueles que têm paineis solares ou geradores eólicos nas embarcações, o resto dos passantes/pousantes usa os geradores baratinhos a 2 tempos, o que faz um ritual/cagaçal ao final do dia e de manhã, para não falar nos que ligam os motores, tudo isto para carregar as respeitosas baterias, no que respeita ao abastecimento de água, temos um circuito de manutenção a penantes com cerca de 500 metros, tudo isto porque havia uma bica de água a uns meros 30 metros mesmo em frente do pontão, mas como havia uns habilidosos que lá iam lavar carros, á boa maneira portuguesa, corta-se o mal pela raiz.
Este fim de semana chegou ao cumulo de não haver multibanco nem combustivel, tudo isto vai ser tratado via carta para quem de direito analizar.
Ah, a farmácia fechou e o mal encarado do táxi cessou a actividade, agora passa os dias a descansar respeitosamente debaixo da parreira existente no páteo do restaurante da sua mal encarada esposa, onde á entrada se pode ler "Quem quiser comer debaixo da parreira, fica sujeito ao tempo de demora", até porque os 2 metros que separam a entrada da sala de jantar do páteo são muito penosos, diga-se em abono da verdade.
Salve-se a boa vontade da Ti Rosa com os seus petiscos e da Dª Fátima no seu minimercado onde desenrasca tudo.
E pronto, foram as noticias do ponto Tagano mais navegável água acima por barcos com postes em cima das cabines.
No domingo a viagem para baixo fez-se debaixo de uma pequena depressão com chuva á mistura, chegámos á Mui Nobre Vila d'Alhandra por volta das 14 horas.

3 comentários:

Anónimo disse...

epá! até que enfim que vejo alguém que partilha da minha opinião acerca dos abrutalhados gerentes do café campitejo! O homem parece que se esquece de estimar quem lhe vai enchendo a peida sempre que uma mão cheia de veleiros sobe o rio... É brutidade e coice à descrição para quem de estranho lhe entre a porta... Tal como um outro exemplo aqui tão perto...

João Manuel Rodrigues disse...

Epáá!!!!!!
Porra, eu não disse o nome do restaurante, no entanto, não confirmo nem desminto, aliás, antes pelo contrário.

João

Jorge disse...

Bom dia.
È tudo verdade, verdadinha, não tive a sorte de conhecer o muito já referido Ti Rosa, mas o outro café/restaurante é de facto de outro campeonato. Até parece que não precisam das pessoas.
Em relação ao Taxi, sem comentários, o que me salvou foram uns amigos do meu amigo que fizeram o favor de nos transportar até á estação de comboios mais próxima.
E obrigado a ti João pelo passeio fantástico que nos proporcionas-te.
Obrigado,
Jorge