terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A anarquia continua

Ora, estamos em Janeiro e o pontão de Valada já está todo ocupado, já não se aceitam marcações para o Verão, isto se houvesse (marcações), porque Verão de certeza que vai haver e lugares marcados já há.


A história é sempre a mesma todos os anos, o pontão de Valada é de utilidade publica, sob a autoridade da Camara Municipal do Cartaxo, que consequentemente deve delegar na Junta de Freguesia de Valada do Ribatejo, que por sua vez delega nos "Senhores do Pontão", quando digo que a Camara deve delegar na Junta, digo isto sem certezas, porque tambem nunca entendi o sistema de comunicação existente entre aquelas partes, a Camara trabalha de dia, o presidente da Junta trabalha de noite (logo dorme de dia), só assim se percebe porque as coisas não se encaixam lá muito bem.
Da unica vez que organizei um Cruzeiro a Valada notei essa situação, até porque alertei para a situação existente no pontão, em que um alto cargo da Camara Municipal me afirmou "essa situação vai acabar", como sou um tipo cheio de boa vontade, acreditei.
Depois vi que fiz mal, mas pronto, o que se pode dizer de quem ao ver 250 embarcações me diz que "na Páscoa estiveram cá quase tantas" (cerca de 30), é claro que concordei, não os podes contrariar, concorda com eles.

O que é certo é que a situação não acabou, como se agravou, os "Senhores do Pontão" cada vez são mais e têm desenvolvido alguns sistemas defensivos, tais como:
- Deixam lá o barco todo o ano e nem sequer o tiram para não perderem o lugar, servindo de moradia de fim de semana ou casa de pu..., como lhe quizerem chamar.
-Quando saiem, deixam uma embarcação auxiliar a marcar o lugar, caso não tenham auxiliar deixam no seu lugar em cima do pontão, o gerador, os cabos de amarração e mais uma série de tralha, só para chatear e quem atracar naquele sitio vê-se na situação de mexer naquilo que não é seu (constrangedor). -Quando estão, deixam a auxiliar atracadas no seu través para ninguem atracar de braço dado.
-Usam turnos de vigia e meios de comunicação para comunicarem quando se aproxima alguem, isto é, assim que alguma embarcação aparece no canal, é o regresso em força ao pontão.

O chato é quando um destes senhores se atrasa e o "seu" lugar é ocupado, instala-se um clima esquisito "não respeitam as amarrações, esses cabos são meus", é claro que para o pessoal d'Alhandra, a resposta a dar só pode ser uma, "são seus, leve para casa".
Mas há uma embarcação que foge á regra e como tem actividade turistica, a Dona Madalena, teve de se deslocar á Camara e dizer que queria pagar, tá mal, então e os outros?
Na Páscoa voltamos a Valada, vamos escrever á Camara e á Junta a solicitar autorização para amarração e respectivo valor a liquidar, esperamos a resposta.
Mas eu antecipo-me:
1ª hipotese: Não vai haver resposta.
2ª hipotese: "Estão autorizados a atracar no pontão, ocupem os lugares disponiveis e não pagam como os outros".

Nossa resposta: Alguem nos indique os lugares disponiveis.

Ah, tambem nos resta a hipotese remota de a Camara não saber onde fica Valada e a Junta não saber da existência do pontão, mas da capital do vinho eu acredito em tudo.

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