domingo, 27 de maio de 2012

Reencontros

De seu nome Peter Richer, companheiro de aventuras de água acima e água abaixo, nos primórdios da canoagem Alhandrense.



Decorria algures n'Alhandra o ano de 1985, a minha pessoa tinha acabado de adquirir um KayaK tipo Olympia, em segunda mão e mau estado, sonhava descer rios, quando me entra pelo "pavilhão da esquina", o Kebra acompanhado de um simpático alemão, que me vendo a trabalhar na recuperação daquele meu navio, me afirma que possuía uma canoa canadiana de 3 lugares, equipada para expedições de longa distancia, e gostaria de dar umas voltas por este rio.
Lá meti o meu Kayak em condições de navegar, e o Peter mudou-se para o nosso convívio, as visitas ao fim de semana, rapidamente se transformaram em visitas quase diárias, o Peter saía do emprego em Lisboa ao final do dia, vinha remar e voltava para a Amadora onde residia.

Do Peter e do que passámos com ele, muito há para contar, cada fim de semana era uma aventura,  para nós ele era a alegria de ir para o rio o dia inteiro e remar até não poder mais, fazia as mais diversas experiências nas suas canoas canadianas, desde fazer vela com um "PáraFoil", chegámos a colocar uma vela de optimist, um motor de 2,5 Hp, coisas inimagináveis naqueles tempos, um "Pitromax" e uma cafeteira de café faziam parte da sua palamenta habitual, a minha era sempre uma garrafa de Brandy Barros, a minha mãe comprava sempre que eu saía para o rio aos fins de semana, dizia que era para me aquecer.
Íamos de Kayak ou Canoa para Salvaterra, Azambuja, Cascais, Alcochete, descemos várias vezes o Tejo desde Vila Velha de Ródão a Lisboa.

O Peter mudou-se para Setúbal há uns bons anos, nos primeiros tempos apareceu amiúde em Alhandra, mas depois perdemos o contacto, no entanto, aparecia sempre nas nossas conversas de fim de tarde ou de fim de semana, "pá, então e o Peter? metia-se na canoa e desaparecia rio acima ou abaixo o dia inteiro", muitas vezes a sua companheira Elsa, vinha á sua procura, muitas vezes preocupada por não ter aparecido, mas mais tarde ou mais cedo ele aparecia ao resguardo do Mouchão ou de uma curva do rio.

Hoje ao final da tarde, estava eu e o Kebra a desfrutar o nosso "Pinochet", apareceram-me os dois, o Peter e a Elsa, vieram a Alhandra, tive o prazer de ser o primeiro a ver e dizer "olha  o Peter e a Elsa, (não nos viamos há uma boa dezena de anos), durante meia hora revivemos aqueles tempos, cujas aventuras nunca relatei, mas vou relatar, porque são dignas de ser partilhadas.
O alemão e os putos que andavam no rio naquelas pirogas, charutos ou mesmo gafanhotos como ainda lhes chamam.

(continua)


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Longo vai o abandono do Olympus

Longo continua o abandono do Olympus, desde que o Zé Lopes aportou n'Alhandra, vai para 15 anos, pouco já há a fazer, só mesmo o Zé para continuar a sonhar em o  colocar a navegar... um dia.

Este fim de semana, face ás fortes marés e suladas que se fizeram sentir, começou a meter água, ameaçando afundar a qualquer momento

O Zé lá veio de Lisboa e o conseguiu segurar, não sabemos por quanto tempo mais.