quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Aqui não podem pintar"

"Era uma vez um barco de madeira que teve o azar de vir parar a Alhandra.Durante o auge da sua juventude teve um dono que o estimava. Velejava nele e treinava. E ganhava regatas e o barco era feliz.Depois algo de triste para o Barco se passou. O dono deixou de poder velejar nele. Passou a ver menos vezes a luz do Sol. Ficou esquecido numa prateleira por anos e anos a fio e só velejava de forma esporádica emprestado a quem nunca o estimou e mais não fazia que escavacar. Toda a gente que, perto dele, lá no fundo do barracão passava comentava: “- Mal empregue barco. Anda que se farta e está aqui ao caruncho e ao bolor”- e o barco, triste, ansiava pelo dia em que voltaria a bater com o seu fundo chato a marola do Tejo à frente de outros da mesma espécie."

A história completa em http://asc-vela.blogspot.com/

O relato retrata até que ponto pode a ingratidão tomar formas, vamos ler, reflectir e reconsiderar:
O pavilhão onde não se podia pintar é o pavilhão onde se guardam os barcos de apoio e combustiveis, é completamente arejado, o portão tem 4 metros e estava aberto, o barco estava junto ao portão, não havia material que fosse afectado pelo cheiro da tinta, a não ser a titulo de pretexto uns quilos de carne, fechados em sacos de plástico, fechados dentro de uma arca frigorifica que por sua vez estava dentro de uma arrecadação.

Como diz o ditado "não queiras servir a quem serviu".



Breve resumo:

Este "Vaurien" de madeira foi construido na década de 80 nos estaleiros Freitas e era o supra sumo da época, foi adquirido em novo por um dos melhores velejadores por instinto que Alhandra já teve "Manel Sequeira" de seu nome, várias vezes campeão nacional nesta classe e foi neste barco que perdeu o campeonato nacional em Alhandra.

Após esse campeonato e num acesso de raiva o barco colocado á venda no clube, foi adquirido pelo seu proa na altura, tambem um dos melhores proas que já conhecia em vela ligeira, "Éddie", "Pedro Maluko" ou Pedro Manuel Germano dos Santos, que á custa da imigração deixou o barco abandonado no clube.

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